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sexta-feira, 28 de agosto de 2020

Continuando nos negócios

Continuação do dia 26/01/19, do relato escrito dia 29/01/19. Lembrando que as partes entre parênteses são comentários de hoje sobre o que escrevi no caderninho.

Tiramos a tarde para descansar navegando na internet. De noite, começou uma chuva forte, que só parou domingo, mas isso não atrapalhou a pizza com amigos da Helena e com a Naiely, que vieram para cá (também dormiram na casa que estávamos hospedados). No domingo, 27, de manhã, fui ao mercado com a Naiely e descobri que, não só a Everlin não foi para a casa dos pais por causa da chuva, como também havia desistido da folga para trabalhar. Chamei-a para um rolê de noite e ela topou. Saímos do mercado e fomos (eu, Helena, o casal de amigos dela e a Naiely) para o "Córgo Fundo", mas estava com a água bem turva por causa da chuva (eu tinha feito uma ótima propaganda do local, que era lindo, com a água cristaliníssima... Não deu. Hehe). Depois, fomos para Coxim (48km) almoçar num restaurante que o amigo da Helena gosta e levamos a Naiely em casa (ela mora em Coxim. O restaurante que fomos foi o "Cantinho da Peixada". Comemos dois tipos de peixe frito empanado, que não lembro quais foram e um outro peixe cozido, mais pirão, arroz, farofa de banana, salada e sobremesa inclusa. Se alguma vez você, que está lendo, for neste restaurante, aconselho garantir a sobremesa antes de almoçar, pois ela acaba logo e eles não repõem. É bem gostoso lá, também, pelo local, às margens do Rio Coxim). 

Não tenho fotos do dia que fui com o pessoal, então vai uma foto de quando fui com meus pais, quando vieram me visitar em Julho/19

Meus pais, no restaurante, com o Rio Coxim ao fundo

Na volta (para Rio Verde de Mato Grosso), a chuva continuava. De noite, fui à casa da Everlin para darmos o rolê. Quando cheguei na casa dela, ela me recebeu com: "O que você faz na minha casa, sem avisar?". Falei que tínhamos combinado e ela continuou no mesmo tom. Disse a ela que não a iria mais incomodar, dei as costas e fui embora.

Ontem, 28 (segunda), voltamos à prefeitura para conversar com quem faltou, da última vez que tínhamos ido. Descobrimos que a secretária de turismo é uma advogada que não entende ABSOLUTAMENTE NADA do assunto turismo e que a de assistência social (que é a namorada ou esposa do prefeito) havia saído novamente. Dá raiva estes cabides de empregos com o nosso dinheiro, sem contar a má-vontade dos nossos funcionários. O prefeito nos recebeu apressado, impaciente e já dizendo que não tem dinheiro (como se estivéssemos lá para mendigar. As conversas não deram em nada e saímos de lá bem desmotivados para fazer alguma coisa na cidade. Uma parte da iniciativa privada que queria fazer alguma coisa [pois tem a outra parte da iniciativa privada que acha que está bom do jeito que está], descobrimos mais tarde que tinha seus próprios interesses e a iniciativa pública só quer se perpetuar no poder, ordenando secretarias aleatoriamente, apenas por troca de favores. Uma pessoa, dona de atrativo, formada em turismo que não está na secretaria de turismo, pois quem estava era uma advogada que nada sabe do assunto. Porém, a culpa é da população que elege estas pessoas).

De tarde, nos reunimos com um dono de 2 hotéis na cidade (já havíamos combinado com ele). Também se mostrou leigo no assunto e, como a maioria dos que conversamos, reticente quanto ao que queremos. Também fomos numa escola de música da prefeitura (apenas porque falamos de fazermos um curso e o prefeito nos disse para conhecermos a escola, sem relação alguma com o nosso projeto) e depois em uma creche da igreja católica, que tinha muita cara de lavagem de dinheiro (mas é apenas impressão, não tenho provas e nem estou dizendo que é realmente). A creche é só para crianças de 2-3 anos e tem alguns outros projetos, todos sazonais, para crianças a partir dos 7. 

Hoje (29) de manhã, fomos ao balneário "Quedas d'Água", tentar conversar com os donos, mas estavam viajando. Acabamos conversando com o Antônio, um salva-vidas "faz-tudo" de Cuiabá, que também é guia na Bolívia e costuma vir a Rio Verde de Mato Grosso nas férias. Trocamos contato, pois ele me falou que seu pai me receberia em sua fazenda em Cuiabá, quando eu estivesse lá. Voltamos para a cidade e estávamos passeando, quando passamos por uma caçamba que tinha duas câmaras de bicicleta novas jogadas. No mínimo, inteiras (ambas estavam em boas condições). Na hora do almoço, a mulher que nos levou à escola de música e na creche, apareceu com o maestro e professor de música, para o conhecermos. Ele falou também sobre as aulas de inglês que ele oferece, apesar de ainda estar aprendendo a língua. Enquanto conversávamos, chegou a nossa carona que tínhamos combinado para conhecer outro atrativo, a "Fazenda Igrejinha". Nem conseguimos comer direito e fomos com a Lucia, esposa do Beto (donos da fazenda), e seus dois filhos, Gabriel e Miguel.

Continua no próximo post.

terça-feira, 25 de agosto de 2020

Começando nos negócios

29/01/19: No dia 22, fui cedo para a casa da Everlin (eu cometi um grande erro em ter saído sem me despedir de ninguém da casa que estava antes, enquanto estavam todos dormindo. Estava envergonhado por ter exagerado na estadia e saí antes deles acordarem. Nem agradecer eu agradeci... Porém, eu acabei esquecendo uma sacola lá e tive de voltar no dia seguinte para buscá-la, sem cara nenhuma. Estava tão envergonhado que só peguei, conversei qualquer coisa e fui embora). Passei no mercado e peguei a chave da casa dela. Voltei ao mercado e comprei comida para fazer almoço para nós. Fiz o almoço, ela chegou e comemos. Conversamos um pouco e ela voltou ao trabalho. De tarde, fiquei assistindo série e dormindo. À noite, quando ela chegou, ela ficou meio com vergonha, ou incomodada, por ter alguém em sua casa, quebrando sua rotina. Conversamos pouco neste dia.

No dia seguinte (23), ela saiu mais cedo pro almoço. Me contou várias coisas do passado dela e voltou ao trabalho. Saí para procurar emprego e descobri que meu telefone estava errado no meu currículo. Enviei por e-mail para um lugar (depois de corrigir, mas não deu em nada. Cidade pequena, as opções são poucas. E, as poucas opções que tem, normalmente necessitam de indicação de conhecidos) e depois fiquei passando o tempo, até que a minha amiga Helena, dona do Hostel Orla Morena em Campo Grande, chegou na cidade por insistência minha (eu vinha, desde quando cheguei na cidade, falando com a Helena sobre a cidade, os balneários, as atrações turísticas e o potencial turístico da cidade. A cidade poderia, tranquilamente, viver do turismo pela quantidade e variedade de atrativos. Metade do território do município está localizado no Pantanal e a outra metade em área de transição Cerrado/Pantanal. Por este motivo, a fauna e a flora dos dois biomas se misturam. Fora os rios de água cristalina e as cachoeiras maravilhosas, também tem ecoturismo, que eu vou falar em um ou dois posts futuros). Conversamos bastante e planejamos o dia seguinte (além do Hostel, a Helena também estava começando a mexer com agência de turismo. Ela já vendia Pantanal, estava começando a vender Bonito e a chamei para ir a Rio Verde para ver a possibilidade de começar a vender também lá).

No dia 24, fomos de bike a 3 locais: "Pousada Paraíso", que eu já conhecia, onde a apresentei ao Neres, o dono do local; "Rancho da Princesa", que não tinha ninguém, e "Sítio do Passarim", que tinha apenas a mãe do dono, mas que não sabia exatamente como funcionava o local. Mesmo assim, tomei banho nos 3. Houve conversa só com o Neres e a esposa, Elaine. Nesta conversa, a Helena já avistou outras possibilidades de negócio e começou a esquematizar um curso de guia com iniciação ao inglês. (O Rancho da Princesa e o Sítio do Passarim não são balneários. O Rancho da Princesa, como o próprio nome já diz, é uma hospedagem na beira do rio e não é possível ter acesso se não for hóspede. No Rancho da Princesa, como não tinha ninguém, apesar de estar com as porteiras e portões abertos, procuramos, batemos, chamamos e nada. Fomos então ao rio para tirar fotos e, claro, não desperdicei a oportunidade de me refrescar um pouco. No Passarim, após conversarmos por algum tempo com a mãe do dono, o Rafinha, a quem eu acabei não conhecendo, fomos ao rio. Desta vez, porém, com autorização. haha).

Rancho da Princesa

Rancho da Princesa

Sítio do Passarim

Companheiros que tivemos no banho no Passarim

Voltamos para a casa da Everlin, almoçamos e tiramos um cochilo. Limpamos tudo, juntei minhas coisas e fui para a casa onde a Helena estava hospedada, pois já haviam passado os dois dias que a Everlin tinha dito pra eu ficar lá (eu havia aprendido minha lição. A Helena tinha uma amiga na cidade, onde o pai dela costumava morar, mas ele tinha ido morar junto da filha, pois já estava muito idoso, então a casa estava vazia, completamente mobiliada. E, o melhor, ela fica de frente para a praça central da cidade. Conseguimos fazer comida, usar a geladeira, lavar roupa no tanquinho... Foi ótimo). De noite, combinamos com a Everlin para tomar um açaí. Acabou que ela foi para a casa de uma prima e tomou açaí na casa dela. Até apareceu lá, mas não ficou 5 minutos e foi embora, dizendo pra a gente tomar um tereré no dia seguinte. 

Quando acordamos no dia 25, sexta, fomos à prefeitura conversar com algumas pessoas sobre nossa ideia do curso de guia (na verdade, a ideia foi da Helena, mas iríamos fazer juntos). Falamos com as secretárias da educação e do desenvolvimento. A primeira conversa rendeu apenas alguns contatos, que se mostraram inúteis para o que pretendemos. Na segunda conversa, com a Luciene, que é a dona do Rancho da Princesa e formada em turismo, a conversa rendeu muito mais em importância e contatos. Tentamos falar com as secretárias de turismo e assistência social e também com o prefeito, mas não os encontramos. De tarde, pegamos as bikes e fomos ao 7 quedas nadar um pouco e relaxar. Quando voltamos, nada de tereré com a Everlin, que disse que iria sair com a prima para deixar as coisas prontas para viajar para casa dos pais (que moram em alguma outra cidade, que não lembro qual) na noite seguinte. 

No sábado, 26, fomos à uma reunião que havíamos marcado com um dos contatos que a secretária da educação nos passou (o contato era de um dono de uma indústria cerâmica da cidade, uma das várias, e seu parceiro, em um projeto que tentavam desenvolver. Cerâmica é um dos principais produtos e fontes de renda de lá. Eles têm alguns contatos com pessoas do SEBRAE e queriam reabrir a "rota das monções", um antigo caminho usado pelos índios para ir ao Pantanal e usado também pelos exploradores [assassinos e escravagistas] do ouro e diamante, mas, agora, como roteiro turístico. Já existe um tipo de passeio sendo feito nesta rota, mas eles queriam, ou fazer outro, ou tomar conta do existente, expandindo-o, não me recordo agora qual era). Eles têm um projeto grande de uma rota de turismo, mas sem mão de obra qualificada. Ficou com uma cara de projeto "elefante branco" (o que me lembrou a mim mesmo: vários planos e projetos, mas sem ter a menor noção de como realizá-los, nem mesmo se é possível torná-los reais. A diferença é que ele é um senhor de mais de 60 anos, dono de uma fábrica. Possui o dinheiro e os contatos. Porém, até hoje, mais de um ano e meio depois, o projeto não foi pra frente. Realmente, saímos de lá com a sensação de que não ia virar nada. Fomos lá para apresentarmos o nosso projeto e, a única coisa que fizemos, foi ouvir os sonhos um tanto quanto "fora da casinha" do gentil senhor.)

Continua no próximo post.

sexta-feira, 21 de agosto de 2020

Outro balneário e um aprendizado

Gente... Hoje será meu último dia em Primavera do Leste-MT. Depois de quase um ano (faltam apenas 3 semanas para completar um ano), vou embora amanhã. Uma cidade que tinham me recomendado quando eu ainda estava em Coxim, pois tem belezas naturais que acabou sendo uma cidade que eu parei "por acaso", graças às queimadas no Parque Nacional da Chapada dos Guimarães; se tornou uma cidade que iria trabalhar por alguns meses para juntar dinheiro e ir embora e acabei prolongando a estada, pois fui para SP visitar família e amigos e gastei o dinheiro que tinha guardado. No final de tudo, acabou me garantindo a sobrevivência à pandemia. A mesma pandemia que prolongou ainda mais a minha estada, pois a escola ficou um mês e meio fechada, e que fez com que eu fosse embora, pois houveram poucas matrículas e eu fui um dos professores que saiu da escola. Chega ao fim minha permanência aqui, no momento que eu já tinha me conformado que ficaria por mais algum tempo, por isso que não se deve fazer planos. Um misto de tristeza e angústia por ir embora e alegria por voltar a pedalar e conhecer novos lugares e pessoas. Antes de eu ir embora, ainda fiz mais duas aquisições, que eu já tinha pensado em fazer faz tempo, mas sempre adiava: um óculos de proteção para jardinagem; além de proteger os olhos contra vento, poeira, areia e insetos, é imensamente mais barato do que os óculos de ciclismo (paguei R$5,00) e mais um colchonete (eu já tinha um), que eu levei numa costureira para transformar em um só. Estou quase pronto para voltar a pedalar. Só me falta agora a resistência que eu perdi neste um ano sem pedal, por causa de muito bolo, sorvete, bolacha (É BOLACHA), mas isso eu readquiro com o tempo. Clima seco e vento gelado da frente fria pela frente. Aí vou eu!

Balneários, rios de água cristalina, cachoeiras... Coisa boa né? Ótima!!! Várias experiências e lugares lindos. Aqui vão mais. Mas, antes, deixa eu contar uma coisa que tinha esquecido. Conversando com uns amigos esses dias, me lembrei de quando estava em Rio Negro e eu quase morri. Em uma das minhas descidas pelo rio, de boia, a água me levou para a lateral direita, onde a queda era mais forte, pelo maior volume de água. Como eu falei, caso não lembrem, o rio era raso, mas, neste ponto, o volume de água era forte e fazia um "rebojo", que é quando a água vai-e-volta, prendendo qualquer coisa ali. Quando eu cheguei na queda, a bóia escapou de mim e eu fiquei preso no rebojo. Porém, fiquei calmo, prendi a respiração e esperei a correnteza me levar, isso tudo embaixo d'água. Não adianta lutar contra a água. Após a correnteza me levar um pouco, eu nadei no sentido da água e, como era raso, fiquei em pé. Água é perigosa, sim, mas, se não lutarmos contra, às vezes, conseguimos vencê-la.
Agora, vamos ao posto de hoje. Lembrando que as partes entre parênteses são comentários de hoje sobre o que escrevi lá atrás, no meu caderninho.

21/01/19: Ontem (20), fui ao balneário Acqua Park com a Naiely. Mas, antes, fui ao mercado comprar comida, pão e frios, para comermos durante o dia. Eu passei, de propósito, no caixa da menina (que comentei no post anterior) e brinquei que, desta vez, não era para entregar. Afinal, eram apenas 3 coisas. Ela perguntou se eu estava gostando da cidade e o que eu já conhecia. Respondi rapidamente (ela estava trabalhando, não dava pra ficar conversando por horas. Até porque eu estava indo buscar a Nai na rodoviária).

Cheguei quando ela havia acabado de descer do ônibus. Ela estava sem transporte e eu só tinha bicicleta. Escolhemos, então, onde ir pela distância, pois fomos de moto-táxi (o Acqua Park é o último balneário da cidade, mas não é longe, fica a uns 10km apenas). Cobraram R$30,00 de cada um, absurdo!!! Chegamos lá, pagamos os R$10,00 da entrada e fomos para a água. Contei a minha história, ela contou a dela e... Foi gostoso, mas não me cativou. 

(O balneário em si, é bom, mas não é o melhor. Tem uma queda d'água não muito alta, onde o mais legal é ficar acima da queda, do que abaixo. Acima da queda, existem alguns "buracos" onde dá pra ficar sentado com a água indo e vindo, batendo na pedra e voltando, o que dá uma sensação agradável. Um pouco mais acima tem uma área com a mata mais fechada, onde o rio é bem estreito. Eu não tenho fotos deste dia.)

Esta foto eu tirei no dia que visitei o primeiro balneário e eu ADOREI a provocação

Voltamos "de carona" com o dono do balneário (dissemos a ele que os moto-taxistas cobraram R$30,00 de cada um e ele achou isso um abuso. Então, disse que nos levaria de volta por R$20,00 cada) e fomos para a rodoviária esperar o ônibus, que atrasou 40min. Após ela ir embora, voltei para a casa do Bruno, comi e dormi depois de assistir 2 episódios de seriado.

Hoje (21) de manhã, saí para procurar emprego. Fui na única escola particular (de criança, escola normal) daqui, mas me falaram que o quadro de professores estava completo. Eu me vi perdido, pois não estava com currículo em mãos e nem conseguia baixar no celular para enviar por e-mail. Acabei não indo mais em lugar nenhum. Voltei, almocei e comecei a assistir série. O gordo me pediu ajuda (com alguma coisa que eu não escrevi e não lembro o quê), ajudei e voltei a assistir série. No meio do episódio, ouvi o Bruno e sua esposa discutindo. A esposa dele reclamando de mim e com razão. Quando eu pedi hospedagem, falei que ficaria 5 dias e já estou há 2 semanas. Fingi que não ouvi e saí. Saí porque, de manhã, enquanto usava o wi-fi no mercado, a menina do caixa me chamou pra sair e me deu seu telefone. Fomos para sua casa tomar tereré e conversar. No meio da conversa, ela me convidou para dormir em sua casa por 2 dias, para ver se encontro emprego. Ela se chama Everlin (escrita ainda a ser confirmada) e aceitei. (Este episódio serviu de grande aprendizado para mim. Em minha cabeça, o fato de eu ter feito uma compra no mercado, de estar procurando emprego e de ter tentado aprender o serviço deles, já me permitia ficar na casa deles, pois eu não estava apenas "sugando". Porém, é uma família, com sua rotina, e eu tinha dado um prazo e tinha sido aceito neste prazo. A partir deste dia, eu entendi que deveria ficar numa casa apenas no tempo que havia sido aceito. Somente estenderia minha estada quando o pedido/convite viesse do anfitrião). 

Fiquem com algumas fotos do pôr-do-sol de Rio Verde de Mato Grosso para terminar este post (quase) sem fotos.




Continua no próximo post.

segunda-feira, 17 de agosto de 2020

Rancho do Cowboy ou...

Continuando o relato do caderninho, que foi interrompido no post anterior. Lembrando que, as partes entre parênteses, são comentários de hoje sobre o escrito na época.

(Escrito no dia 18/01/19) No dia seguinte (16), fiquei pela casa o dia todo, com exceção da hora em que saí para resolver mais coisas burocráticas de documentação (neste momento, eu já pensava em morar lá por algum tempo, para conhecer todos os balneários e passeios da cidade, sem pressa. Fora que a cidade é super aconchegante, com ruas largas, bem ajeitadinha, super gostosa. Me apaixonei pela cidade). Ontem (17), eu fui ao SENAI ver se conseguia emprego, mas curso de inglês é no SENAC. Ou será no SESC? Eu vivo confundindo, sei lá... Depois, fui para outro balneário: o "Rancho do Cowboy", mas todo mundo o chama de "Corgo Fundo" (que é o nome do córrego), apesar de que, de fundo, não tem nada (eu imagino que, "corgo", é uma forma regional de dizer "córrego"). A água mais cristalina da cidade (das que eu fui). Espetacular! E quase ganhei um cachorro, que ficou me seguindo (seria um sinal? Hahaha. O balneário não tem muita coisa, mas é arrumadinho também. Possui algumas instalações para hospedagem, um restaurante/bar, uma quadra esportiva de areia e o "corgo", que é maravilhoso). Na volta, fiquei fazendo hora na praça central, usando wi-fi aberto de uma pizzaria.

Primeira vista do local. A parte mais escura é o local mais fundo, bem ao pé da pedra onde as pessoas estão sentadas. A única parte que a água me cobre, mas, com apenas um passo, minha cabeça já está fora da água. Mas, já é alguma coisa. Tem uma corda que dá pra se jogar na água. Dá pra ver a corda, dependurada da árvore ao centro

Tem uma corredeira que dá para brincar um pouco

É muito raso, então não há muito o que fazer na água, porém a visão é linda!


Como eu sempre faço, não parei no local do balneário e saí "explorando". Como é bem raso, foi muito fácil seguir por dentro da água. Estava na expectativa de ver algum animal, mas não vi nenhum





Hoje (18), acordei e o pneu traseiro estava totalmente murcho. Um pequeno furo perto do bico (no único lugar onde não dá para remendar). Em todos os meus anos andando de bicicleta, quando eu compro a melhor bicicleta que já tive e resolvo viajar nela, acontece comigo coisas que nunca tinham acontecido antes: eu caio (já havia caído uma vez, mas quando eu era criança e por bobagem minha), o câmbio quebra e fura o pneu (eu já imaginava que, em algum momento, algum pneu iria furar, mas esta foi a primeira vez). Troquei a câmara e fui ao mercado com o Gordo comprar algumas coisas para comermos. De novo, fiquei fazendo hora, usando o wi-fi do mercado. Na hora de pagar, a caixa perguntou se era para entregar. Eu, na inocência, perguntei se era cobrada a entrega. Ela começou a rir e perguntou de onde eu era. Falei rapidamente sobre mim, um pouco envergonhado, mas gostei dela. À noite, fiz a janta, mas não ficou legal. Macarrão papa e sem sal, com frango levemente salgado. Tô perdendo minhas habilidades "culinarísticas" (muito tempo sem cozinhar, comendo comida na casa dos outros ou comprando/ganhando marmita, fora que as medidas das panelas são diferentes. Matou a fome, mas estava horrível).

19/01/19: Hoje de manhã, tentei ajudar a fazer cadeira (já estava na casa há alguns dias e tentei trabalhar com eles para "pagar" minha estada por lá). Não acho que fiz um bom trabalho, mas todas as primeiras vezes são assim. Depois do almoço, fui ao centro usar o wi-fi e fiquei a tarde toda e quase a noite toda também. Amanhã, vou a outro balneário com a Naiely, uma garota de Coxim (cidade vizinha, ao norte) que conheci (em Rio Verde de Mato Grosso).

segunda-feira, 10 de agosto de 2020

Nem tudo são passeios...

Nem tudo são passeios, mas aqui tem mais alguns, hahaha. Continuando o relato do caderninho que foi interrompido no post anterior. Lembrando que as partes entre parênteses são comentários de hoje sobre o escrito na época.

(Escrito no dia 14/01/19) No dia 12, fiquei por aqui, assistindo eles trabalharem, fazendo e reparando cadeiras de varanda. Ontem 13, limpamos quase todo o terreno no fundo da casa deles. O Bruno carpinou e eu e o "gordo" (parceiro dele que mora na mesma casa, que se chama Wellington, apesar de ninguém o chamar assim) rastelamos e recolhemos. Enchemos a carroceria da pampa 3 vezes e levamos até o depósito de entulho. Depois, eles ainda compraram boias para descer o rio (debaixo da ponte) e subimos um morro para ver o pôr do sol.

Caminho para o local onde estávamos despejando o lixo que recolhemos de manhã


Pôr-do-sol


Local onde estávamos

(Escrito na parte da tarde) Hoje é o dia que o pastor, supostamente, chegaria e iríamos ao balneário, mas nada ainda. Talvez iremos ao rio (ponte) de novo. Tentei resolver algumas coisas minhas de documentação (nada ilegal, gente. Só coisa burocrática mesmo, hahaha).

(Escrito de noite) Fomos ao rio e os pastores chegaram (inclusive, nos encontraram no rio. Um deles até entrou na água. O problema é que, eles são muito "crentes" e todos tomam banho de roupa. De calça, inclusive. O pastor, por este motivo, acabou esquecendo que estava com o celular no bolso e entrou de celular e tudo no rio). Rolou um churrasco e um pouco de conversa. Dormi no sofá que estava na varanda de trás da casa, por opção minha, para liberar, para as crianças dos pastores, a cama de casal onde eu dormia (ficou combinado de, no dia seguinte, irmos ao "7 quedas" com os pastores para fazermos um piquenique).

(Relato escrito no dia 18/01/19) No dia 15, fomos para o "7 quedas" (junto com os pastores. Eles foram de carro e, eu, de bicicleta. Não cabia nos carros e pra mim não era nenhum problema fazer isso, principalmente porque eu teria mais liberdade de ir e voltar a hora que quisesse). Desta vez, entrei pelo outro lado do rio, pelo lado do "7 quedas" mesmo, o que foi bom, pois não cobraram de ciclista, pelo menos não naquele dia. A água estava bem limpinha, quase cristalina, bem mais bonita que da 1ª vez que fui. Ainda teve churrasco e gente para tirar foto de mim nas cachoeiras e outros lugares que fui.

Vista lateral da segunda queda (de baixo para cima)

Tinha gente para tirar minha foto, mas tirou também do próprio dedo. Todas saíram assim, hahahaha

Segunda queda

Uma das vezes que voltei lá, foi em Julho/19, quando eu morava em Coxim e meus pais foram me visitar. Este é o meu pai tomando banho (ele tomou) na segunda queda 

E esta é minha mãe!

Vista do mirante das "7 quedas", que são 4, acima do paredão, quando fui com meus pais. Como podem ver, a água estava bem clarinha, cristalina com tom esverdeado. Este local foi o escolhido por nós para fazermos o piquenique. Vista melhor não há.

Vista lateral de 3 das 4 quedas

"Panorâmica" da última queda até o paredão

Depois que eles foram embora, ainda fiquei lá algumas horas usando o wi-fi e tomando mais banho de cachoeira (na casa onde eles moravam não tinha wi-fi. De vez em quando, o gordo roteava do celular dele para mim, por alguns minutos, para eu poder falar com minha família e amigos). Fui pegar cerveja no bar do restaurante, mas não passava cartão; só no outro bar, próximo ao rio. Fui no outro, mas só tinha uma estadunidense, que eu acho aguada, e um suco de milho e cevada brasileiro (sem propaganda grátis), e da fininha ainda, por R$5,00 cada! Voltei ao restaurante que tinha uma cerveja de verdade (sem propaganda grátis), da lata normal, por R$6,00, para ver se eu podia passar o cartão no outro bar e pegar ali. Ele disse que sim e o fiz. Voltei ao outro bar para passar o cartão e falei: "Passa 12". Ele começou a fazer a conta dizendo "12 vai dar..." aí eu disse: "NÃO!!! 12 reais, não 12 latas!!!" hahahaha. Tomei as cervejas e voltei para a casa deles. Ainda peguei uma outra (sem propaganda grátis) no mercado antes de chegar na casa deles (como eles eram "muito crentes", não podia beber lá. E a [sem propaganda grátis] era boa... Não podiam ter parado de fazer). 

Continua no próximo post.

terça-feira, 4 de agosto de 2020

Segundo balneário: 7 quedas, mesmo?

Como eu falei em algum post anterior, me recomendaram ir à Rio Verde de Mato Grosso e, sempre que me recomendavam, o primeiro lugar, e às vezes único, que mencionavam era o "7 quedas". Cheguei à cidade curioso para ir neste tal "7 quedas". Pois bem. Eu fui. Leia agora como foi que eu fui. Lembrando que as partes entre parênteses são comentários de hoje sobre o que aconteceu no dia. 

Relato escrito no dia 14/01/19: No dia 10 (quinta), realmente fomos ao rio e rolou a carne, mas foi debaixo de uma ponte, dentro da cidade, em uma parte sem cachoeiras e sem profundidade (porém, não pagamos nada para tomar banho lá. Foi bem agradável, bem gostoso. Tinha até uma parte do rio com uma pequena corredeira que deu pra ficarmos brincando com boia). O rio era bonito e deu uma refrescada no calor. A carne foi à noite. Quase que não sai, porque acabou o carvão, mas saiu.

No dia 11 (sexta), saí para ir a outro balneário. O Bruno falou que estava vindo um pastor, amigo dele de Campo Grande, na segunda (14) e iriam ao balneário "7 quedas", que é o mais famoso daqui. Resolvi ir, então, ao "Quedas d'Água", que é vizinho ao "7 quedas", mas que fica antes do "famosão". Cheguei lá e avistei várias cachoeiras. Fiquei pensando se não estava no "7 quedas", se não havia mudado de nome, ou se não era o nome das cachoeiras, mas o hotel tinha outro nome. Enfim, lugar lindo (além das cachoeiras maravilhosas, o hotel em si era bonito, o restaurante todo em madeira e tinha até um mirante, em madeira também, que tinha uma vista espetacular das cachoeiras).

Vista do mirante. Havia chovido bastante no dia anterior, como relatei no último post, então a água estava turva. De baixo pra cima, esta é a primeira queda

Segunda queda

Terceira queda

Vista de cima da terceira queda

Local onde é possível atravessar de um lado para o outro mais facilmente. Pela terceira queda também é possível, mas neste ponto é mais fácil

Acima da terceira queda

Quarta e última queda. Não sei porque se chama "7 quedas" quando só existem 4... Neste ponto, tem uma parte um pouco funda onde dá pra saltar da pedra para a água.

Acima da quarta e última queda, o rio se divide e forma duas quedas (seriam 5?). Esta é a queda formada pela divisão, ao lado da anterior.

Corredeira gostosa. Me deixei levar várias vezes por ela, sem boia, nem nada.

Acima deste paredão, existe outro mirante, porém, só se tem acesso pelo outro lado do rio 

Primeira queda. Neste ponto existe uma prainha, que só se tem acesso pelo balneário em que eu entrei, o Quedas D'água. Existe uma corda com boias delimitando o máximo de proximidade da cachoeira. É o ponto mais fundo e a cachoeira mais alta e forte. Pra mim, a corda serviu de auxílio para chegar até o meio e ficar sentado próximo a ela

Do outro lado do rio, haviam outras construções (em um dos trechos do rio, em uma das quedas, é possível atravessar de um lado para o outro com a água na barriga) e fui até lá. Depois de algum tempo, desconfiei que ali era o tal "7 quedas". Confirmei, quando pedi a senha do wi-fi, coincidentemente, para o dono do local. Matei dois balneários com uma pedalada só.

(Em quesito beleza, o "7 quedas", apesar do nome enganador, é realmente o mais bonito e o que mais tem locais para banho e massagem. Na segunda queda, de baixo para cima, tem um poção grande e com uma profundidade considerável, por volta de uns 3m, que é possível nadar. Claro que o melhor ponto para nado é na praia da primeira queda. É possível alcançar a base do paredão, atravessar o rio, ficar sentado na corda olhando para a cachoeira e, depois, deixar a correnteza te levar de volta para a praia. Quem não conhece Rio Verde de Mato Grosso, está perdendo. E eu apenas comecei a falar da cidade. Este é apenas o segundo balneário.)

Continua no próximo post.