Escrito em Setembro/2016.
Hoje estou ouvindo os álbuns do
P.O.D.. É um tanto triste ouvir algumas músicas de sua banda favorita e não
poder cantar, pois a letra deixou de ser verdade em sua vida. Ouço há tanto
tempo que sei quase todas as letras de cor (algumas “embromation”, mas tá
valendo) e sei mais ou menos o significado de todas elas, sejam claras ou
sutis. Devido a isso, algumas frases que poderiam ser interpretadas de uma
maneira querem dizer outra, e isso faz com que a música perca o sentido pra
mim.
“It’s beyond my control, sometimes it’s best to
let go, whatever happens in this lifetime. So I trust in love, you have given
me peace of mind.”
Não consigo mais cantar isso. Não
confio mais no “amor” e ele não me deu paz. Pelo contrário. Ele permitiu que o
caos e a destruição entrassem na minha vida e fizessem morada. Ele saiu para
que essas coisas entrassem.
“I feel so alive, for the very first time, I
believe I can fly.”
Eu não me sinto vivo. Não me
sinto leve para poder voar. Sinto-me pesado, preso. Um morto ambulante que não
foi enterrado, sem esperança alguma.
A música segue e, com ela, mais
frases que me fazem sentir a tremenda dor que agora faz parte de mim, ocupando
o lugar que antes era “dela”.
Acredito que a única parte da
música que é verdade em minha vida é esta: “Tell the world how i feel inside,
even though it might cost me everything”. Apesar de o sentido, o que há para
ser contado e o motivo pelo qual pode me custar tudo, serem diferentes.
Gostaria de contar ao mundo como me sinto, mas sei que as pessoas não querem
saber de sofrimento, não querem saber de dor, não querem ouvir sobre tristeza.
Só querem coisas boas, ter seu ego afagado. Por isso eu não conto. Não serei
ouvido.
Nenhum comentário:
Postar um comentário