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11-Músicas

Escrito em Setembro/2016.

Hoje estou ouvindo os álbuns do P.O.D.. É um tanto triste ouvir algumas músicas de sua banda favorita e não poder cantar, pois a letra deixou de ser verdade em sua vida. Ouço há tanto tempo que sei quase todas as letras de cor (algumas “embromation”, mas tá valendo) e sei mais ou menos o significado de todas elas, sejam claras ou sutis. Devido a isso, algumas frases que poderiam ser interpretadas de uma maneira querem dizer outra, e isso faz com que a música perca o sentido pra mim.

“It’s beyond my control, sometimes it’s best to let go, whatever happens in this lifetime. So I trust in love, you have given me peace of mind.”

Não consigo mais cantar isso. Não confio mais no “amor” e ele não me deu paz. Pelo contrário. Ele permitiu que o caos e a destruição entrassem na minha vida e fizessem morada. Ele saiu para que essas coisas entrassem.

“I feel so alive, for the very first time, I believe I can fly.”

Eu não me sinto vivo. Não me sinto leve para poder voar. Sinto-me pesado, preso. Um morto ambulante que não foi enterrado, sem esperança alguma.

A música segue e, com ela, mais frases que me fazem sentir a tremenda dor que agora faz parte de mim, ocupando o lugar que antes era “dela”.

Acredito que a única parte da música que é verdade em minha vida é esta: “Tell the world how i feel inside, even though it might cost me everything”. Apesar de o sentido, o que há para ser contado e o motivo pelo qual pode me custar tudo, serem diferentes. Gostaria de contar ao mundo como me sinto, mas sei que as pessoas não querem saber de sofrimento, não querem saber de dor, não querem ouvir sobre tristeza. Só querem coisas boas, ter seu ego afagado. Por isso eu não conto. Não serei ouvido.

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