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segunda-feira, 30 de agosto de 2021

Minha volta a Barra do Garças, parte 2/3

Continuação do post anterior. Lembrando que as partes entre parênteses são comentários de hoje sobre o que escrevi lá atrás, na agenda.

(Relato escrito em 23/08/2020): Domingo 16. Fui para outro passeio do complexo Serra do Roncador, que se estende por 900km. Mas, desta vez, era na Serra do Taquaral: a Fazenda Recanto da Serra (fazer a "parte alta" do atrativo). O Antônio passou um pouco mais tarde, mas eu ainda demorei um pouco para ir após ele chegar. No entanto, não esqueci nada e a câmera estava com a bateria carregada (deixei carregando a noite toda para não ter nenhuma surpresa. Fizemos igual ao dia anterior: passamos na casa do estagiário-sócio-secretário dele - que foi conosco desta vez - e fomos ao ponto de encontro na frente do hotel, na grande rotatória no centro da cidade, por onde passa a rodovia que a corta e aguardamos chegarem os turistas do grupo. Não havia ninguém "repetido", era todo mundo diferente. E, igual ao dia anterior, o passeio já começou no ponto de encontro, novamente apreciando a beleza da Arara-canindé - não sei se a mesma. Não tem como saber, aliás, a menos que tenha algum tipo de rastreador nela. Neste dia, ela estava majestosa em seu ninho, feito em um tronco oco de palmeira morta, onde elas costumam habitar).


(Após todos os membros do grupo chegarem, saímos para nosso destino.) Antes de chegarmos na estrada, ainda na cidade, avistamos dois quatis e ficamos na expectativa de ver mais animais, mas, fora pássaros, ficou só nisso. Porém, avistei um pássaro lindo, escondido nos galhos e, logo quando chegamos e antes de irmos embora, várias araras faziam festa nos coqueiros. (A viagem durou, mais ou menos, o mesmo tempo que no dia anterior, apesar de ser em outro lugar. Já na chegada, pude notar que é bem diferente do Vale do Ouro. A Fazenda Recanto da Serra possui hospedagem, café da manhã, restaurante... bem mais estruturada.) Na fazenda, seguimos o caminho de carro até o começo da trilha, que é bem fácil, só dificultando um pouco na descida para o rio, mas existem cordas para auxiliar na descida e na subida.  

Local onde paramos o carro para pegarmos a trilha



Trilha fácil


Chegamos ao rio e uma visão fantástica apareceu na nossa frente: uma água totalmente cristalina, com tom azulado, acima de uma cachoeira de uns 30m de altura (por isso que esta parte do atrativo se chama "parte alta". Neste ponto, existe um "quase-cânion", pois a parede da margem esquerda - descendo o rio - não acompanha todo o trajeto. Já havia um grupo que se preparava para fazer o passeio com outro guia. Aguardamos alguns minutos eles juntarem as coisas e irem para outro lugar para que pudéssemos aproveitar o local). Ficamos ali um bom tempo, apreciando, saltando de uma rocha para a água com profundidade de 3 ou 4m - que chega a 8 ou 9m um pouco mais para cima -, comendo e, os "instagramers", tirando milhares de fotos de si mesmos em milhares de poses. Depois deste tempo, começamos a flutuação, que não é exatamente uma flutuação, por ser mais "livre", devido à profundidade, mas, que seja. Importante levar o próprio óculos/máscara, pois o Antônio tinha poucos para oferecer. 

A queda que só vimos por cima

Água cristaliníssima em um quase cânion

Paredão do lado oposto de onde viemos

Nosso guia, Antônio, curtindo um pouco. Ninguém é de ferro e não tem como resistir à esta água

O vale da cachoeira. Esta corda delimita até onde se pode ir com segurança, pois a queda é realmente bem alta

A parte inicial da nossa flutuação

Algumas pessoas brincando um pouco antes do grupo começar a subir o rio

A queda é logo ali

Saí-andorinha (Tersina viridis. Obrigado wikiaves.com). Este é o pássaro que me referi no começo do texto. A paixão de fotografar pássaros despertou em mim, graças a este pequeno azul voador que me encantou

(Depois deste tempo brincando, saltando - só eu -, nadando, tirando fotos - de si mesmos -, começamos a subir o rio. Logo à frente, estava a parte mais funda daquele trecho. Um pouco adiante, chegamos a um trecho que precisamos andar sobre pedras no rio pra poder seguir.) Ao fim da flutuação, chegamos à uma pequena queda d'água, mas com grande volume de água e com uma profundidade também por volta dos 8m. Duas coisas foram interessantes neste ponto, onde a água cai no meio do poço: a água não é tão cristalina e possui tom esverdeado, talvez pela queda que movimenta a água (ou pela menor incidência de raios solares) e, no "fundo" do local (do outro lado do poço, não embaixo da água), existe uma reentrância na rocha onde a água é morna!! Só não me pergunte o porquê (pela profundidade, dá pra brincar e nadar bastante, mas é fundo exatamente onde a água cai na pequena cachoeira, então não dá para ficar embaixo dela. O que dá pra fazer é mergulhar e emergir por baixo dela, mas precisa nadar relativamente bem para isso, pois é cansativo e pesado pela força da água que cai. O único lugar que dá para ficar sentado é na beirada de onde chegamos e do outro lado, na reentrância no paredão, mas é preciso nadar até o outro lado pra isso. Pra quem não tem muita habilidade na água, o Antônio disponibiliza "macarrões" - aquelas boias cumpridas de espuma em formato cilíndrico).

Lugar mágico

Paredão ao redor, formando o "quase-cânion"


Todo mundo se aglomerou (na época podia) na reentrância, pois, por algum motivo que eu não sei dizer, a água ali é morna

Visão do "quase-cânion" de onde viemos

Novamente, ficamos ali alguns minutos, mas menos do que na primeira parada e voltamos por onde chegamos. Então, pegamos nossas coisas e subimos a pé para as "pedras manchadas", um pouco acima de onde estávamos, em outra parada para comida e banho (ao invés de continuarmos subindo o morro, virando à direita em direção ao local onde o jipe estava parado, seguimos em frente, margeando o "quase-cânion", à nossa esquerda. Passamos pelo ponto onde tem o lago e a pequena cachoeira e, um pouco à frente, começamos a subir o morro e, logo em seguida, descer à esquerda, em direção ao rio. Chegamos a um trecho aberto - sem paredão rochoso -, com dois poços para curtir). Ali, a água era bem cristalina e esverdeada, porém sem cachoeira e sem muita profundidade (os poços não eram muito grandes, mas a paisagem era espetacular e havia um ponto um pouco mais fundo que dava pra pular. Ao chegarmos, aquele outro grupo, que havíamos cruzado no começo da flutuação, estava se preparando para sair. Provavelmente em direção à flutuação onde estávamos. Por isso, sentamos para comer, enquanto eles não iam embora. Após nossa refeição e à saída do outro grupo, fomos aproveitar, cada um do seu jeito: eu, tirando algumas fotos e caindo na água; alguns tirando fotos e mais fotos, inclusive dentro da água; e outros tirando fotos e deitando pra cochilar na sombra que encontraram. É muito bonito, mas tem uma parte um pouco perigosa, onde forma uma corredeira entre as rochas que vai cair no lago da cachoeira. É um local que não tem profundidade, porém é cercado por rochas e pode causar lesões graves).






Ficamos alguns minutos, por volta de meia hora, e descemos para um "brinde". Como já falei, este passeio é dividido em dois: partes alta e baixa. Nós fizemos a parte alta e o brinde foi a "Cachoeira Escura", na parte baixa. A água é bem turva, até um pouco barrenta e não bate sol em momento algum do dia, daí o nome (talvez por volta do meio dia entre um pouco de luz solar, mas por alguns minutos apenas). Porém, é um lugar legal para tomar massagem sentado e encostado na parede rochosa que, mesmo sem tomar sol, estava morna!! De novo, não me pergunte o porquê. Após algum tempo ali, voltamos para a sede para ir embora, mas não sem tirar uma foto em cima do jipe com o sol baixo. 

Local onde o jipe estava parado

Cachoeira Escura

Buritizal

Sanhaçu-do-coqueiro (Tangara palmarum. Obrigado wikiaves.com.br)


Parada para tirar foto no meio/final de tarde

Assim, terminou nosso passeio. Na volta, o Antônio veio me falando da necessidade de guias na cidade e que iria voltar na fazenda, na segunda ou terça, para catar "Baru", uma castanha que é o "viagra do cerrado" e me convidou a ir junto. Falou também que, talvez, desceria o rio Araguaia de caiaque. Eu disse que talvez fosse embora na segunda, mas que poderíamos conversar pra ver se eu iria. Já de volta ao hostel, tinham vários motoqueiros, amigos do dono, que estavam indo embora. Eles tinham deixado cerveja gelada e disseram que eu podia tomar. Tomei junto do Mateus, um carioca rastafari que tinha se mudado recentemente pra lá, para trabalhar com os indígenas da região como psicólogo e estava hospedado lá também, até encontrar uma casa. Cerveja, sinuca e cama, depois de dois dias acordando cedo, fazendo trilha e tomando banho de rio/cachoeira. Estava exausto, completamente desacostumado a isso.

Continua no próximo post.

quarta-feira, 18 de agosto de 2021

Minha volta a Barra do Garças, parte1/3

Meu caderninho acabou. Não tinha mais espaço para escrever nele, então comecei a escrever em uma agenda que ganhei em Bonito-MS. Os relatos, a partir de agora, serão da agenda. Porém, as partes entre parênteses continuam sendo comentários de hoje sobre o que escrevi lá atrás.

23/08/2020 (Domingo): Exatamente 6 meses que escrevi pela última vez. Agora são 14h10 e estou em um posto de gasolina em Poxoréu (cidade vizinha a Primavera do Leste). 10 dias atrás, Quinta-feira 13, foi meu último dia na escola em Primavera do Leste. A escola teve poucas matrículas e acabou "sobrando" para mim. Mais tarde do que eu pensava, mais cedo do que eu gostaria, devido à pandemia (eu havia, finalmente, me decidido a ficar em Primavera do Leste até o final do ano, devido à situação de pandemia que vivíamos - e ainda vivemos -, pois as cidades ao redor ainda estavam com os índices de contaminação altos e, por consequência, restrições altas de circulação e funcionamento de comércios e empresas, bem como de pontos turísticos. Foi exatamente nesta época que a coordenadora da escola me disse que havia contratado duas professoras novas e que não iria mais contar comigo, porque eu tinha um "plano B", que era seguir viagem. Não que eu tivesse qualquer plano, mas, mal sabia ela que, dar aulas de inglês, já era meu "plano B". Não consegui comprar tudo que eu queria, mas tudo bem. Agradeci e me despedi. Porém, antes de ir embora de vez de Primavera do Leste rumo ao meu novo destino, resolvi voltar a Barra do Garças para conhecer a famosa Serra do Roncador. Alguns atrativos estavam inoperantes pela pandemia, mas outros ainda estavam ativos). 

Arrumei minhas coisas, separei roupas e produtos de higiene pessoal em uma mochila e as coisas de camping na outra, maior. A mochila grande, deixei guardada na escola (num quartinho/almoxarifado), peguei a menor e parti, na Sexta-feira 14 (de ônibus, levando a Frankenstina no bagageiro). Já conhecia a cidade, mas os passeios guiados na Serra do Roncador ainda não. Fiquei num hostel, o único da cidade (que eu saiba). No Sábado 15, já fiz meu primeiro passeio: o "Vale do Ouro". O guia, Antônio, mora perto do hostel e passou lá para me pegar, às 6h45. Acabei atrasando 5min por necessidades intestinais. Peguei minhas coisas correndo e entrei no jipe. Já tínhamos saído, quando reparei que havia esquecido a câmera. Ele foi muito gente boa e voltou para que eu pudesse buscar. Passamos na casa do "estagiário-aprendiz-secretário", Jales e fomos, então, ao ponto de encontro com os outros "turistas" (um hotel no centro da cidade, onde tem uma rotatória enorme na avenida principal, que é, também, uma das rodovias que ligam Goiânia-Cuiabá e corta a cidade). Digo "turistas", porque eram todos da cidade. (Já no ponto de encontro, o passeio havia começado. Enquanto o Antônio negociava e conversava com os turistas - os que haviam chegado -, eu fiquei dentro do carro observando uma Arara-canindé que se exibia numa árvore na rotatória. Após cerca de 10 minutos esperando, chegaram os últimos turistas e partimos.)

No caminho, foto tirada de dentro do ônibus em movimento. Morraria que achei bonita, em território indígena Xavante

Também tirada de dentro do ônibus

Arara-canindé (Ara Ararauna)

Saímos de lá quase 8h e chegamos pouco depois das 9h (fomos recebidos por uma senhora bem animada que mora lá e foi nossa cozinheira para o almoço, e também por vários pássaros entusiasmados. Ela nos pediu para escolhermos entre as opções: galinha caipira ou carne de porco para o almoço. No nosso grupo tinha um muçulmano - se não me engano do Líbano, mas que divide moradia entre Barra do Garças e uma cidade nos EUA -, então decidimos por galinha caipira, já que seria uma coisa só para o grupo todo. Ali, alguns turistas deixaram seus carros para ir no jipe do Antônio e, eu e mais alguns do grupo, fomos no teto do carro, apreciando a paisagem do cerrado extremamente seco do mês de Agosto, no auge da época seca. Fazia algo em torno de 4 meses que não chovia, se aproximando dos 5). 


Graúna (Gnorimopsar chopi. Conhecido no MT como "Passo-preto", ou "Pássaro-preto". Obrigado wikiaves.com.br). Veio nos recepcionar junto à dona/cozinheira


Periquito-rei (Eupsittula aurea)

Chegamos na nossa primeira parada por volta das 9h30. Era um rio/córrego, que corria em uma laje rochosa, que lembra a superfície lunar, cheia de buracos. A única diferença é o fato de haver água corrente. Tinha até um "mini-cânion", só que não dava para descer (a correnteza é forte e é bem estreito, se tornando perigoso). Foi exatamente neste momento que eu vi que a câmera estava sem bateria. Eu havia usado pela última vez duas semanas antes, mas indicava carga cheia, então não carreguei. A partir deste momento eu ligava, tirava a foto de qualquer jeito e desligava. Da laje rochosa, seguimos o curso do córrego até um paredão onde havia um poço que dava para nadar (no caminho, depois da laje, subimos e descemos um morro pequeno e chegamos até um ponto bem alto, onde o córrego se abre em um grande lago bem abaixo do nível onde estávamos, uns 10m abaixo. Porém, não paramos ali naquele momento e seguimos descendo mais um pouco). Era quase todo raso, somente uma parte mais próxima ao paredão que era mais fundo (a água me encobria - eu tenho 1,80m. Talvez, na época de chuvas, o poço aumente o nível, mas não chega a ser fundo). Ficamos algum tempo ali, algo em torno de 1:30h (passamos algum tempo nadando, tirando fotos, tomando sol, comendo, descansando e apreciando a natureza, sem caixas de som ou fumaça, seja de máquinas ou de humanos).

Cerrado não mais virgem

Esse carinha resolveu pegar carona no meu colo, não agradeceu e nem pagou a taxa do guia. Mas, pelo menos, ele estava louvando a Deus em nosso favor

Normalmente as pessoas não gostam, mas eu acho linda esta paisagem

Seca "braba" 



Chegada à "Lua"

Cânion por onde corre o rio


Local onde paramos para banho. A parede de pedra ao fundo, onde é, exatamente, a parte mais profunda

De costas para o local onde ficamos algum tempo


Depois deste tempo ali, voltamos por onde viemos, parando um pouco mais acima, naquele poço bem abaixo do nível onde estávamos olhando pra ele. Nesta parte, como era mais baixo (e fundo), dava pra brincar de pular na água (existe um caminho que permite descer até ao nível da água e eu, mais algumas pessoas, descemos por ali para brincar um pouco ali. No paredão tem uma rocha que forma uma ótima plataforma de salto numa parte mais funda, devendo ter uns 3m de profundidade. Infelizmente, eu não tirei fotos deste local por causa da bateria da câmera, mas era muito bonito mesmo. Fica a dica, então, para vocês irem e conhecerem ao vivo. Neste ponto, nós ficamos cerca de 20 minutos nadando, pulando, mergulhando com óculos aquático, ou sentados numa rocha, apreciando a natureza e a paz que ali reina). Fomos dali para a última parte do passeio, que foi a mais bonita. Chegamos a um local que tinha duas cachoeiras (uma à esquerda e uma à direita, separadas por uma grande rocha que dividia o córrego. Quando chegamos na cachoeira, a câmera, que eu quase havia esquecido no hostel, descarregou completamente a bateria. No ponto mais bonito! Mas ainda dei sorte e consegui tirar uma foto antes dela "morrer". Ambas possuem duas quedas na sequência. A da esquerda, cai direto na rocha na primeira queda e depois forma dois pequenos poços rasos. A da direita - que foi onde eu mais fiquei -, é mais alta. A de cima cai numa reentrância e forma uma "banheira de hidromassagem", onde dá pra sentar e relaxar. A de baixo forma um poço maior que a "banheira", mas também é pequeno. Não tem um ponto com profundidade ou abertura suficientes que dê para nadar, mas é um ótimo lugar para relaxar na queda d'água depois da trilha).

Queda da esquerda

Queda da direita

Me preparando para subir (a partir desta, todas as fotos foram tiradas por uma companheira do grupo)



Ficamos ali um bom tempo (cerca de 40 minutos). Dali, o Antônio convidou, quem quisesse, para conhecer outro ponto, um pouco mais acima, onde dava pra saltar na água. Lógico que eu fui junto. Fomos em umas 6 pessoas, mas só eu pulei. Os outros ficaram com "nojinho" do musgo que subiu quando eu caí na água (a água estava parada e com algas. Ficaram com medo e com certa razão. A possibilidade de haver uma cobra ali era considerável. Porém, eu não sou conhecido por ficar apenas olhando - na verdade, nem conhecido eu sou -, então fui lá e pulei). Só deu tempo de pular uma vez e voltamos (nem eu quis pular novamente. Realmente, estava cheio de algas e líquen). A parte "ruim", foi que o Antônio falou que era perto - deu uns 8-10 minutos de caminhada - e eu fui descalço. Meu pé estava desacostumado a essas coisas, mas logo ele acostuma de novo (mais um outro cara do grupo também foi descalço e alguns trechos tinham espinhos, mas não machuquei o pé, deu pra aguentar e desviar. Eu e uma menina do grupo estávamos nos revezando em tirar foto do outro - apesar de eu ter tirado umas 97352 pra ela escolher uma e "postar no insta" -, mas, neste momento, ela fez uma porcaria de um "bumerang" - que eu nem sabia o que era até aquele momento. A foto a seguir é um print que eu tirei deste "bumerang", porque não vejo graça nesse negócio. Ou faz vídeo, ou faz foto! Mas tá bom, pelo menos tenho um registro). 

Qualidade horrível por ser print do tal "bumerang", mas dá pra ter uma noção

Reencontramos o resto do grupo e fomos para a sede, para o almoço: arroz, feijão, macarrão, salada da horta própria e galinha caipira, também própria. Comida deliciosa para fechar bem o passeio (no almoço, aconteceu um fato inusitado: a menina que tirou minhas fotos e eu tirei as dela, disse bem alto, pro grupo todo, que a moela era dela, que ela brigaria pela moela. Foi uma das primeiras a se servir e não encontrou a bendita moela. Quando já estava comendo, viu a moela no prato de outro membro do grupo e deu um grito com um tom risonho, mas acredito que foi só pra não deixar o clima pesado, dizendo "A MOELA!!!". O cara respondeu com um "É verdade. Não tinha nem visto". E continuou comendo. O Antônio, nosso guia, após isso, viu que ele também tinha moela no prato dele, e levou até ela. Pessoa bem estranha, devo dizer. Após o almoço delicioso, descansamos um pouco - teve um que até dormiu - e voltamos para a cidade). Porém, ainda tinha mais uma parada. Após sairmos da fazenda e começarmos a descer a serra, fomos a um mirante de rocha, com uma vista maravilhosa, mas eu não aproveitei muito, pois estava aterrorizado com as outras pessoas indo até a borda e passando para outra rocha que está em processo de quebra e queda (era muito alto - devia ter uma altura de uns 70 ou 80m - e tinha uma visão maravilhosa do final da tarde. Por causa de a câmera estar sem bateria e por eu ter um certo medo de altura, não tirei fotos e nem cheguei muito perto da ponta. Eu não aguentei muito tempo e voltei para trás. Fiquei apenas sentado, no meio da rocha, contemplando aquele final de dia cansativo, mas maravilhoso). Felizmente, ninguém caiu e todos voltaram.

Continua no próximo post.