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segunda-feira, 30 de novembro de 2020

Adeus Coxim

Pro pessoal novo e também pra quem acompanha há algum tempo, as partes entre parênteses são comentários de hoje sobre o que escrevi lá atrás no caderninho.

(Continuação do post escrito em 05/08/2019): Dia 02, sexta, fui para Campo Grande e fiquei de novo na casa da Amanda, de novo por uma noite só. Dia 03, sábado, voltei para Bonito, mas, desta vez, fiquei no hostel da Helena. À noite, fomos para a Bonito Beer e conheci uma menina lá. Ela estava lá para um congresso da área dela. Depois que a Helena voltou para casa, ainda dei um rolê com a menina. Fomos ao Taboa bar, fugir do frio. Levei ela de volta ao hotel (onde ela estava hospedada) e fui para o hostel para dormir. No dia 04, domingo, fui para os passeios com as turistas alemãs. Duas mulheres, que não sei ao certo qual o grau de relacionamento entre elas, então chamarei de amigas. Fizemos Rio da Prata e Buraco das Araras. Felizmente, o sol saiu e a visão foi bem melhor, fora a temperatura. De novo, me acabei no almoço e no doce de leite. Fomos, então, para o Buraco das Araras, que é a mesma coisa sempre. As duas, apesar de alemãs, eram bem humoradas e divertidas. Voltei umas 18h30 para a casa da Helena. Peguei no sono e acordei às 21h. A menina tinha saído com o pessoal do congresso e não deu pra sair comigo. Então, voltei a dormir, para o passeio do dia seguinte.

Dia 05, segunda, fomos à Gruta do Lago Azul. Definitivamente é um passeio que não me agrada (se quiser saber o porquê de não me agradar, leia o relato da minha primeira ida ao atrativo, no meu primeiro serviço de intérprete). E também não parece ter alegrado às duas alemãs. Me contaram sobre cavernas parecidas no México, onde não só entraram na água, como também mergulharam com cilindro (se não me engano, chamam-se "Cenotes" essas cavernas mexicanas. Outras pessoas, além delas, me falaram deste lugar). Na volta, avistamos vários Tamanduás-Bandeira, maior sequência que já vi. Um, inclusive, carregava filhote nas costas (eu acho que tinha fotos, mas eram de péssima qualidade, com meu celular de resolução baixa e os animais distantes. Porém, não sei onde estão as fotos, então, mesmo que eu quisesse, não vai dar para postar alguma). Elas pediram para que as deixássemos no centro, para que pudessem andar um pouco pela cidade.

Nos despedimos e ganhei outra gorjeta boa. Voltei para o hostel para descansar e procurar carona para a volta. Mandei mensagem para a menina, que nem respondeu. Peguei, então, uma carona para Campo Grande no final da tarde. Desta vez, fui para o Hostel, pois a Michele (namorada da Amanda) estava doente e elas não podiam me receber. Dormi uma noite e voltei para Coxim no dia 06, segunda. De novo lavei roupa e terminei de aprontar as coisas para ir embora. Meu tempo em Coxim havia, finalmente, terminado. 

(Coxim foi uma cidade que, à primeira vista, me pareceu feia. É triste ter um rio grande que passa no centro da cidade, mas não se pode nadar, pelo assoreamento causado pela ganância de pecuaristas e agricultores, que não respeitam nem o meio ambiente, nem as leis ambientais. Sem contar que o rio, pelo que me contaram, tem muitas "armadilhas", em linhas e redes de pesca abandonadas e/ou levadas pela correnteza, que é razoavelmente forte. Aliás, correnteza forte e obstáculos, como bancos de areia, causam redemoinhos e o rio fica ainda mais perigoso. Com o passar do tempo, fui me acostumando com a cidade, mas ela não me "conquistou" em momento algum que estive lá. Fico grato pelas pessoas que conheci, pelos momentos, mesmo os ruins, que vivi, mas não penso em voltar para lá.)

Apesar da cidade não ser das mais bonitas, a natureza, no quintal da minha casa, dava outro sentido ao momento em que lá vivi. 

(Relato escrito em 09/08/2019): 09, sexta. Saí uma hora atrasado em relação ao que queria ter saído. Precisei apertar um pouco mais a caixa no bagageiro, que estava um pouco solta. Mas, enfim, chegou a hora de dizer adeus à Coxim. 6 meses, exatamente, nesta cidade, que deveria ter sido menos tempo. Não deu muito certo, mas sobrevivi, como tenho feito nos últimos três anos e meio. Parto em direção à uma cidade chamada Costa Rica, mas com uma parada em Alcinópolis, que está a 130km daqui. Ontem, tive a brilhante ideia de ir jogar bola (não sabia quando iria jogar novamente, quis me despedir). Depois de 6 meses sem pedalar direito, eu vou encarar 80km até a parada planejada (numa vila antes de Alcinópolis, onde iria almoçar para seguir o resto do caminho à tarde, ou tentar dormir por lá mesmo), torcendo pra encontrar lugar pra pousar, com as pernas pesadas e cansadas. Acrescente a isso, a maior sequência de subidas sem intervalo que já peguei. E subidas pesadas. E vento forte contrário durante todo o trajeto. Resultado: 30km pedalados em 6h e cãibra nas duas pernas. Não conseguia mais pedalar e apelei para carona. Mas, nada tão fácil também. Mais ou menos 15km empurrando a Frankenstina e pedindo carona a quem passasse. Enfim, uma caminhonete parou e me levou a Alcinópolis. Quase que não chego. Ao chegarmos, fui tomar meu tradicional isotônico (sem propaganda grátis) e depois uma cerveja, que estava quente. Horrível! Meus braços e pernas agora são bicolores. 

Então, eu entrei em contato com a Bruna, que o Beto (meu amigo da Fazenda Igrejinha) havia me indicado, para ver se descolava uma hospedagem. Consegui! Me deixou ficar num quarto nos fundos da secretaria de desenvolvimento da prefeitura. E tinha outra cicloviajante hospedada lá também, mas ela está fazendo o sentido contrário do meu. Foi a segunda vez que cruzei com um cicloviajante, mas a primeira que tive mais contato. Ela estava num passeio e, quando chegou, demos um rolê para jantar. Comi um açaí e um prato feito, tava com muita fome. Ainda vou pegar carona com ela no passeio de amanhã, para o sítio arqueológico principal da cidade, o "Templo dos Pilares".

Fim de tarde na praça em Alcinópolis

Está escrito "Capital sul-matogrossense dos sítios arqueológicos", ou algo assim, não me lembro direito

252km pedalados entre cidades.

quinta-feira, 26 de novembro de 2020

Coroas animados

Só pra lembrar, as partes entre parênteses são comentários de hoje, sobre o que escrevi lá atrás no caderninho. Mas, antes do relato de hoje, algumas fotos que eu achei, que eram para ter entrado no post anterior, mas só achei hoje. Então, seguem as fotos.

Tuiuius que avistamos caçando ao chegarmos à fazenda no Pantanal

Pôr do sol na volta para Campo Grande

(Continuação do post escrito em 05/08/2019): Quinta, 25/07/2019. Viagem tranquila, com um friozinho chato para fazer passeio em água. Mais ainda, porque eles (o casal que eu estava acompanhando e traduzindo) tinham um dia livre e eu deveria tentar vender alguma coisa, para que eu e a agência ganhássemos mais (e para que eles conhecessem mais lugares também, claro).  Fiquei hospedado na casa do Richard (meu ex-colega de agência e amigo) durante os dias que estive lá (em Bonito). No dia 26, sexta, fomos fazer a flutuação do Rio da Prata. Estava um frio considerável. Lá na fazenda, vimos várias Araras Vermelhas, um Alma-de-gato (que eu não lembro mais como é este pássaro) e várias galinhas d'Angola que alegraram aos dois. Na hora da flutuação, a mulher não quis fazer, devido ao frio. Foi até a nascente conosco (apenas para contemplar) e depois fez o trecho final, já no Rio da Prata, de barco. Já o homem, é um ótimo nadador e não teve problemas. Até desceu ao fundo no "vulcão", com facilidade (se quiser saber o que é o "vulcão", leia os relatos onde falo sobre o Rio da Prata aqui mesmo no blog). Na volta, aquele almoço delicioso com o melhor doce de leite que já comi na vida. 

Vista do restaurante da fazenda onde o casal ficou hospedado no Pantanal

Ainda lá (na fazenda Rio da Prata), eles decidiram fazer o Buraco das Araras (que, por sorte, tinha vagas e fica próximo, cerca de 5km de distância entre os atrativos). Amaram o passeio e até se empolgaram para fazer algum outro no dia seguinte (que estava vago), o que, antes, não queriam por causa do frio. Consegui convencê-los a fazer um passeio de cachoeiras chamado Rio do Peixe, quando falei das Araras azuis que você pode pegar e tirar fotos (eles queriam algum passeio onde pudessem ver bichos). Assim foi, no dia 27, sábado. Saímos e eles não levaram roupa de banho, pensando só em contemplar (pelo frio). Chegamos lá e os levei direto até a Arara Azul (normalmente tem 3 ou 4, mas, daquela vez, tinha apenas uma azul, mas apareceram algumas vermelhas e canindés também. Foi a primeira vez que vi três tipos de arara no mesmo lugar. A Arara Azul até "comeu" o fecho da cordinha do chapéu que a mulher usava. Mordeu o plástico e só o soltou quando desmontou todo o apetrecho, com molas e tudo). Tiraram fotos, filmaram e se divertiram antes de se irritarem pelo atraso no passeio, graças a alguns turistas atrasados, o que eles afirmavam (com razão) não ter culpa. Após 50min de espera, o guia resolveu sair. No mesmo momento, chegaram os atrasados. Saímos e os deixamos para trás, a nos alcançar. 

Animal magnífico. Foto tirada pelo Alex, o turista que eu estava acompanhando e traduzindo

(Na primeira parada para banho) consegui brincar na água e puxei a fila (estavam todos tímidos pelo friozinho com sol acanhado. Depois que entrei, alguns me seguiram. Um deles, inclusive, falou pra mim, que só entrou porque eu entrei primeiro. Não sei que medo é esse que as pessoas tem de serem as primeiras). Chegamos, então, à cachoeira que tem uma plataforma de salto. Após todos, os que quiseram, saltarem, a mulher disse que iria molhar os pés no rio (o casal não saltou). Tirou o tênis, desceu a escada e, quando eu vi, mergulhou de cabeça. A mesma mulher que, no dia anterior, havia se recusado a entrar na água morna do rio Olho D'Água, estava agora nadando nas águas geladas do Rio do Peixe. Tudo bem que o sol tinha saído e tínhamos andado na trilha, mas não fazia calor. No entanto, fiquei contente que ela aproveitou. E, gostou tanto, que entrou de novo na parada seguinte. Só faltava o homem agora, que não resistiu ao chegarmos no local onde tem uma tiroleza. Desceu uma, duas... Não lembro quantas. 

Voltamos para comer aquele almoço absurdo do atrativo (o maior buffet de todos os atrativos). Eles, satisfeitos ou cansados, disseram que queriam ir embora após o almoço, que não faziam questão de visitar as cachoeiras do segundo trecho do passeio. Já chegando no hotel deles, vimos dois Tamanduás-bandeira e uma Anta, que, novamente, os divertiu (que sorte deles). De noite, fui dar um rolê no festival de inverno com uma menina que conheci no hangouts do couchsurfing (é uma área, dentro do app, onde você pode combinar de passear com viajantes ou locais, mesmo que o local não possa te receber ou o viajante não esteja hospedado na casa do local. É apenas para sociabilizar e ter companhia para qualquer coisa). Fui dormir quase 2h para acordar às 6h para levar o casal ao aeroporto. Lá, nos despedimos, ganhei uma gorjeta boa e voltei para dormir. 

Tamanduá-bandeira que avistamos perto do hotel onde o casal se hospedou

O outro Tamanduá-bandeira que avistamos. A Anta eu não tenho fotos, infelizmente.

Acordei no meio da tarde, já perto da hora do jogo (do domingo, 28, às 16h). Assisti o jogo do Flamengo (com o Richard, flamenguista doente) e saí para comer. Estava começando a procurar carona para voltar a Campo Grande, quando a Helena (minha amiga de Campo Grande, dona do Hostel Orla Morena), que havia aberto um hostel em Bonito, me disse que tinha arranjado uma carona grátis para nós. Era às 4h da manhã, mas tudo bem, pois seria grátis. Dormi lá na casa dela (mesmo lugar do hostel) e partimos. (Chegando em Campo Grande) dei um tempo no hostel e fui para o couchsurfing que tinha reservado. A Amanda (com quem eu tinha reservado) estava trabalhando e fui recebido pela sua namorada, Michele. Dormi lá uma noite e voltei para Coxim dia 30, terça. Mas só para arrumar algumas coisas e lavar roupa, para poder voltar a Bonito dia 03, para mais um trabalho.

Continua no próximo post.

segunda-feira, 23 de novembro de 2020

A tour com meus pais - o fim

Pra compensar alguns posts sem fotos, aí vai um cheio delas. Lembrando que as partes entre parênteses são comentários de hoje sobre o que escrevi no caderninho, lá atrás.

(Continuação do relato escrito em 05/08/2019): Sábado, 13/07, fizemos a trilha completa (da Fazenda Igrejinha). Os dois mirantes, os sítios arqueológicos, a bica, as torres... Foi demais. (O momento tenso, para minha mãe, foi quando chegamos nas torres, que foi o lugar onde fui picado por um barbeiro na minha primeira visita à fazenda e que me deixou, e a ela também, com um pouco de medo de ter contraído doença de Chagas. Porém nada aconteceu. Ela estava apavorada). Após a trilha, almoçamos, nos despedimos e fomos embora. 
















Árvore que achei interessante pela forma e pela coloração


As torres, à distância

Aproveitamos o final de tarde no balneário do Meca, que eu ainda não conhecia. Realmente, o Beto tinha razão: é o mais bonito. No domingo, 14, os levei ao balneário "7 quedas", que só tem 4 quedas, fazendo um bate-e-volta de Coxim. De noite, comemos uma pizza muito boa, de carne de sol e banana da terra. Na segunda, 15, fomos para Campo Grande, dormir por uma noite, para irmos a Bonito no dia seguinte. Aproveitamos e fizemos algumas coisas de documentação que precisávamos fazer. Meus pais também compraram alguns presentinhos. De noite, fomos em outra pizzaria, próxima ao hostel. Pizza muito boa também, mas não lembro os sabores. (Do balneário "7 quedas" não vou postar nenhuma foto, pois já postei várias em outros posts, fiquem apenas com as fotos do balneário do Meca.)









Passeamos um pouco em Campo Grande também, ninguém é de ferro, só o trem

Feira municipal da capital sul-matogrossense, meus pais

Eu e meu pai

Terça, 16, foi o dia de partir para Bonito. Chegamos lá por volta das 20h, fomos para a pousada e saímos para comer (os levei para experimentar carne de jacaré). Na quarta, 17, fomos à agência onde trabalhei, Bonito Way, para pegar meus roteiros de alguns serviços de intérprete que iria fazer. Depois, almoçamos num pf (prato feito) de 13 reais e fomos pegar o comprovante de residência do meu amigo para entrarmos no balneário municipal sem pagar. Acabamos só tomando sorvete de frutas típicas do cerrado (para meus pais conhecerem os sabores) e voltamos à pousada, pois estava muito frio para ir ao balneário. À noite, fomos ao restaurante Juanita, comer costela no bafo. Continua uma delícia (até minha mãe, que afirmou não ser fã de costela, achou boa). Quinta, 18, amanheceu ainda mais frio e ficamos morgando na pousada. Saímos à tarde para encarar o balneário, mesmo estando mais frio e chovendo (até fomos, só não entramos na água. Nem eu tive coragem... e olha que eu não sou conhecido por deixar de entrar em água, seja qual for a temperatura). Fomos, então, à caça do tamanduá-bandeira (mas somente para avistá-lo, no local onde eu tinha certeza que o veríamos). O vimos, mas bem de longe (meus pais não quiseram descer do carro, tanto pelo frio, como pelo medo do animal pelas histórias que contei dele ser perigoso. Não tenho fotos dele, mas estava muito longe de qualquer jeito). Vimos também 3 veados. À noite, comemos uma porção de polenta e uma de frango e tomamos cerveja na Bonito Beer.

Iscas de jacaré com geléia de pimenta  

Balneário municipal




Piraputangas na praça central

Bonito beer

De acordo com minhas pesquisas, Veado-campeiro




No dia 19, sexta, ficamos morgando na pousada pelo frio. Saímos apenas para comer. No dia 20, sábado, fui para Campo Grande para trabalhar (de intérprete), enquanto meus pais ficaram em Bonito (eles aproveitaram e foram conhecer o restaurante "Casa do João"). Fiquei num couchsurfing, até a hora de ir ao aeroporto, receber o casal de alemães do serviço (de intérprete). A família (de onde fiquei hospedado) - casal e filha - tem uma locadora de veículos e também faz transfer para qualquer lugar do Brasil e alguns países da América do Sul, mas principalmente Bonito e Pantanal. Conversei bastante com eles e até me passaram o contato de uma fazenda turística no Pantanal que estava contratando bilíngue. Quando fui ao quarto, achei alguns carrapatos na cama. Falei para a dona da casa e ela me colocou para dormir na sala. No dia seguinte (domingo, 21), tinha outro serviço para fazer: levar um casal de estadunidenses para uma fazenda turística no Pantanal. Conversei com a dona da casa para ver a possibilidade de ficar mais alguns dias hospedado lá, depois que meus pais fossem embora, pois já tinhamos reservado para ficar no hostel por uma noite. Ela disse que tudo bem. Saí, então, para ir ao aeroporto receber o casal. Dois idosos beirando os 70. Ele, super alegre e simpático; ela, um pouco mais fechada, mas se soltava às vezes. A viagem foi tranquila. Eles dormiram por grande parte do trajeto, afinal, haviam acordado às 3h da manhã para pegar o vôo para Campo Grande. 

A comida dos meus pais na "Casa do João"



Chegamos lá e fomos recepcionados por um casal de tuiuius, que caçava comida num trecho alagado da fazenda. Deixamos o casal na fazenda e voltamos para Campo Grande. Meus pais foram me buscar no aeroporto e fomos para o hostel. No dia 22, segunda, pela manhã, conheci o Gil. Ele faz transporte para Bonito e Pantanal e conhece todo mundo, sendo um dos mais antigos a fazer Pantanal. Me falou sobre a possibilidade de trabalhar como guia em alguma fazenda. Trocamos contato e saí com meus pais. Andamos mais um pouco em Campo Grande e fomos ao aeroporto para eles irem embora, de volta para São Paulo e eu, de volta ao couchsurfing. Foi muito bom estar com eles novamente. Tanto para me tirar da rotina de tédio, como por revê-los depois de 8 meses. 

Após a partida dos meus pais, voltei ao couchsurfing e o quarto que eu tinha ido primeiro (onde tinham os carrapatos) estava vazio, pois ela "dedetizou" com veneno aerosol (desses de mercado), apenas com o armário, que estava mais para a frente. Quando fui empurrá-lo de volta ao seu lugar, notei que era muito pesado e me apoiei na porta. O problema, é que a porta era daquele vidro ondulado, com barras de ferro horizontais, e eu estourei o vidro, que ficou com o formato da minha bunda. Eu consigo!!!! Eu vi na cara da dona da casa, na mesma hora, o arrependimento, apesar de ter dito que não tinha problema. 

Fiquei lá por mais dois dias, até que chegou o dia de ir buscar o casal no Pantanal e levá-los a Bonito, no dia 25, quinta. (Quando eu saí da casa, tentei fazer a avaliação da hospedagem no aplicativo e sempre dava erro. Eu não consegui entender o porquê. Aí eu percebi que ela havia excluído a conta do app, provavelmente por achar que não valia a pena receber pessoas que quebrariam suas portas. Deixei R$50,00 em cima da cama, acompanhado de um bilhete, para ajudar no conserto, mas acho que não ajudou para mudar de ideia e continuar recebendo viajantes.)

Continua no próximo post.

terça-feira, 10 de novembro de 2020

A tour com meus pais - o início

Olá pessoal. Tenho uma boa notícia pra vocês: achei as fotos do balneário do post anterior (quem não sabe qual é, leia o post anterior). Então, antes do post, aí vão as fotos de lá. Após as fotos, segue o post normal. Aliás, hoje o post vai ter mais foto do que relato. Pela quantidade de fotos que tem, dividi o post em dois. Lembrando que, as partes entre parênteses, são comentários de hoje sobre o que eu escrevi no meu caderninho lá atrás.






(Continuação do relato escrito em 05/08/2019): Finalmente chegou Julho e meus pais chegaram (pra me visitar, na terça-feira, dia 09). Eu ainda tinha 2 dias de trabalho nos treinos (a esta altura, eu já estava sem nenhuma aluna de inglês) e ficamos em Coxim alguns dias. Na quarta, dia 10, fomos para um balneário depois de dar uma volta pela cidade (em Coxim, mesmo). Ficamos apenas 30 minutos, mais ou menos. Estava frio e o balneário era bem sem graça e abandonado (não lembro o nome do balneário que visitamos neste dia. Antes de eu chegar em Coxim, muitas pessoas haviam me indicado conhecer a cachoeira das Palmeiras. Logo que cheguei na cidade, pesquisei e vi que ela ficava a mais ou menos 22km da cidade. Como eu iria morar ali e algumas pessoas me falaram que era meio perigosa por ser funda e com forte correnteza, além da presença de arraias, acabei deixando para ir mais pra frente e simplesmente esqueci da existência desta cachoeira. Só fui me lembrar dela alguns dias atrás, por volta do dia 15/10/2020, conversando com um campo-grandense que me falou dela). Voltamos para a cidade e sentamos à beira do rio Taquari para ver o pôr-do-sol e os pássaros passando.



Na quinta, 11, ficamos em casa. Vimos araras e tucanos. Preparei tereré para meus pais, que não curtiram muito (minha mãe só gostou, quando adicionei uma rodela de limão. Acabei tomando praticamente sozinho. Como se fosse algo ruim... hahaha). Fui, então, para meu último dia de trabalho na escola e voltamos para casa. Na sexta, 12, acordamos mais cedo e partimos em direção à Fazenda Igrejinha, dos meus amigos Beto e Lucia, em Rio Verde de Mato Grosso (tem alguns posts sobre o local que valem a pena ser lidos, mas, principalmente, o local vale a pena ser visitado). Chegamos no meio da manhã e ficamos conversando (com o Beto e a Lucia) até a hora do almoço, quando subimos para cozinhar (só eu e meus pais). 

Tereré em Coxim, antes do limão 

O gado que existe na fazenda fica solto e se alimenta do mato natural. Nada de super ração cheia de hormônio





Muito verde na fazenda para você renovar sua mente

Minha mãe tirando foto, meu pai no celular e eu olhando. Nossa preparação pra cozinhar

Depois do almoço, deitamos nas redes com uma vista maravilhosa e a paz da natureza. Acordamos e fomos tomar um banho no córrego que passa na fazenda. No meio da ida, meu pai percebeu que tinha derrubado a chave do carro (alugado). Seguimos em frente, deixando para procurar só na volta. Ficamos lá algum tempo e voltamos procurando, porém sem sucesso. Recebemos a ajuda do Beto, da Lucia e de seu filho mais novo, que me foge o nome. Depois de alguns bons minutos procurando, a Lucia encontrou. Foi um alívio e pudemos relaxar. Foi, então, que comecei a sentir cócegas nas minhas pernas: carrapatos. Acredito que tiramos, eu e meus pais, mais de 40 minúsculos bichinhos (os chamados "micuim") em todo o meu corpo. Meus pais também pegaram alguns, mas nada comparado a mim. Hoje, quase um mês depois, ainda tenho algumas marcas das mordidas. Antes de jantarmos, os levei para ver o pôr-do-sol no alto da montanha, no começo da trilha. Um espetáculo laranja. Jantamos ali mesmo no quarto, conversamos um pouco e fomos dormir.

Vista que tínhamos enquanto almoçávamos e descansávamos nas redes

Ainda da vista que tínhamos. A diferença entre uma foto tirada pelo meu celular e pelo da minha mãe

Eu e meu pai, no celular, pra variar

Meus pais

O banho no córrego

Pegada que achamos no caminho do córrego. Meu pé, tamanho 42, para comparação. Será que temos um pé grande na região? 

Os morros, iluminados pelos últimos raios solares

Espetáculo da natureza


Momentos de paz




Continua no próximo post.