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07-Conselho

Hoje, um grande amigo me disse, que está na hora de deixá-la ir. Eu acredito que ele falou isso com amor, querendo o meu bem. Mas, também acredito que tem um pouco de egoísmo envolvido, porque aí ele não me veria mais sofrendo, ou falando dela, e isso faria com que ele também deixasse de sofrer. Assim são as pessoas. O sentimento de auto-preservação sempre está envolvido. Às vezes fala até mais alto do que o resto.
Isso me trouxe lágrimas aos olhos, que já há alguns dias (ou semanas) haviam deixado de aparecer. Só a ideia de “seguir em frente”, só o fato de pensar em “tocar a vida”, me deixou extremamente angustiado. Como posso eu deixar ir a pessoa que transformou minha vida? Como posso eu abandonar quem eu prometi amar e proteger, mesmo que tenha o “até que a morte os separe”? 
Não posso fazê-lo. Não me resta mais nada para “seguir”. Não há mais nada para continuar, para lutar. Somente a saudade, que vai além das palavras vazias “saudades eternas”, “nunca será esquecida”... As pessoas só lembram quando são lembradas do fato. Elas não vivem na saudade. Não estão rodeadas pelas memórias, pelas lembranças. Não tiveram parte de suas almas arrancadas. Não tiveram seus corações despedaçados.
Como ela costumava dizer: “Quem bate não sente. Só sente quem apanha.” Como era sábia!

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