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15-Dúvida

 23 de fevereiro de 2022. 10h48 (horário do Amazonas ). 6 anos e duas horas, aproximadamente.


Eu me lembro que, 1 ano atrás, eu havia me decidido, consciente ou inconscientemente, que já era suficiente, já estava bom. Curiosamente, alguns meses depois comecei a namorar. E ainda estou. Quase 5 meses, meu recorde pós-morte. E está indo muito bem, obrigado.

Hoje, agora, fico me perguntando o que eu deveria sentir. Vejo postagens passadas nas redes sociais, onde eu estava claramente sofrendo e sinto-me pressionado, por mim mesmo, a ficar triste, isolado, reflexivo, como estava nesta mesma data em anos anteriores. Mas, não me sinto assim. Claro que não é uma data a ser comemorada, longe disso. Não há festividades ou celebrações, mas também já não mais há o sofrimento pungente que havia até pouco tempo atrás. O que há, hoje, é o sentimento de que eu deveria sentir esta data, mas que eu não consigo sentir mais. Como se a ferida finalmente houvesse cicatrizado. Ela esteve lá, é possível ver sua marca, bem como suas consequências, mas já não dói. Deveria? A dúvida hoje se faz mais presente do que a dor.

O pensamento alheio não altera em nada o que sinto. Se acham que deveria ficar triste ou lutar, alegre por continuar ou “respeitar a data”, não me interessa. Porém, também não me atrevo a dizer que estou “curado”. Há ainda um longo caminho a ser percorrido até que, finalmente, eu possa dizer que posso “seguir em frente”.

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