Escrito no final de 2016, talvez
em Outubro.
A cada dia, sinto que minha vida
vai mudando, ou já mudou e eu só percebo em situações novas. Algumas semanas
atrás, teve uma reunião de um grupo de jovens da igreja que faço parte na casa
onde moro. A paixão com que conversavam sobre a bíblia, sobre Deus, os termos
utilizados, extremamente rebuscados, teóricos, temas aprofundados, discussões
profundas... Tudo isso me fez perceber que eu não faço mais parte deste meio. Não tenho mais paixão por nada, muito menos
por Deus ou sua palavra ou sua obra. Não estudo como eles estudam. Não me
interesso pelo que se interessam. A vida (e a morte) me levou a outro lugar.
Não sei ao certo que lugar é esse, mas o que estou aprendendo é que não é onde
estou, com as pessoas que frequentam onde nós frequentávamos e nos alegrávamos
com isso.
A gratidão que havia dentro de
mim para com eles, pela mobilização gigantesca durante todo o tempo de dura
caminhada e o amor demonstrado, aos poucos se esvai e vai sendo substituído por
desprezo. Não importa se vou ou não à igreja. Se estou orando ou não. Se estou
lendo a bíblia ou não. Não é motivo de preocupação para eles. O que importa é
ter “papos-cabeça”, filosofar, estudar, meter a cara nos livros. Se há pessoas
morrendo, problema delas. Buscam a própria salvação e crescimento intelectual.
Que a achem antes que seja tarde, como é para mim.
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