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domingo, 4 de abril de 2021

"Serra Verde" e até logo Barra do Garças

10/09/2019: Terça. Haviam me falado de algumas cachoeiras localizadas a 35 ou 40km da cidade. Duas delas são separadas, entre si, por 1km e, uma outra, uns 17km para a frente. Acordei disposto a conhecer as três e já aproveitar para ver como era a estrada que me levaria ao próximo destino (muitas pessoas haviam me recomendado não ir embora de bicicleta, pois a estrada que eu iria pegar, não tinha acostamento, era recheada de curvas e passavam muitos caminhões, o que aumentaria consideravelmente o perigo e o risco de acidentes). Levantei, tomei café e, 7h30, estava pronto para sair. Quando peguei a Frankenstina, vi que meu pneu novo, dianteiro, estava furado. Lá vai eu, então, trocar a câmara. E era só isso que eu iria fazer, para não perder tempo. Porém, a câmara reserva que peguei também estava furada. Acho que furou dentro da mochila. Aí, eu fiquei com raiva e decidi remendar as duas. 1h30 depois, eu saí. 

A estrada é boa até o aeroporto, uns 12km de onde eu estava. Depois, não tem mais asfalto no acostamento. Em vários momentos, inclusive, o terreno é em declive lateral (inclinado em descida, da estrada para o mato, o que dificulta, e muito, pedalar). Constatei que, realmente, não seria bom eu ir pedalando. Porém, apesar das dificuldades, cheguei lá. A primeira cachoeira, Paraíso, não era, de fato, cachoeira. Era composto por 3 corredeiras, que formavam alguns poços para banho. A beleza fica por conta das formações rochosas esburacadas, onde você podia descer ao rio e passar por túneis de pedra. Depois do pedal, foi uma delícia mergulhar lá. 

Morro pelo caminho

Trilha pelo cerrado

Primeiro ponto para banho

Vista de cima do local da foto anterior





Na segunda, Água Limpa, eu me apaixonei. Cachoeira linda, com água bem clara e parede rochosa em todo o redor, formando um "U". Infelizmente, a terceira, Cristal, estava fechada. Mas, pelo menos, eu descobri antes de ir até lá e não perdi tempo indo até lá.

No caminho para a segunda parada


Quando cheguei, estava esta mulher tirando um cochilo com este periquito pousado em sua mão. E ela nem aí

Cachoeira maravilhosa


Na volta, o fim do dia. Cheguei na cidade já de noite

11/09/2019: Quarta. Dia de mudança novamente. Saí do corpo de bombeiros e fui até o albergue, tentar ficar lá mais alguns dias. Cheguei lá e o coordenador me falou que estava lotado. Mentiu na minha cara, mas tudo bem. Perguntei se poderia conseguir uma passagem de ônibus (que é um dos serviços dos assistentes sociais de albergues), mas nem isso ele quis fazer (deu a desculpa que eu precisaria estar alojado). Fiquei matutando sobre o que fazer até a hora do almoço, quando decidi que iria embora. Fui me despedir da Telma e ganhei um pedaço de bolo, torta de chocolate e uma rosquinha. Fui, então, para a rodoviária. Só tinha ônibus às 18h e ainda era 14h. Resolvi esperar ali mesmo e mudei meu destino: eu iria direto para Chapada dos Guimarães, mas decidi ir até Primavera do Leste (nesta época, o Parque Nacional da Chapada dos Guimarães estava com um dos piores incêndios da história. Tanto a cidade de Chapada dos Guimarães, como, principalmente, Cuiabá, estavam tomadas pelas cinzas e por fumaça. O Parque fica entre as duas cidades e afetou a ambas. Além disso, já haviam me indicado ir a Primavera do Leste, para conhecer a Lagoa Encantada, que fica em uma fazenda da cidade). 

Quando o ônibus chegou, com uma hora de atraso, o bagageiro estava lotado, e não deixaram eu colocar a Frankenstina. Depois de um pouco de briga, tive meu dinheiro devolvido e fiquei esperando o próximo ônibus, de outra companhia. A passagem era mais cara e o ônibus chegava só às 22h e ainda tinha a possibilidade de a bike não caber novamente. Porém, às 20h30 mais ou menos, um ônibus, que tinha como destino Primavera do Leste, encostou na rodoviária com apenas 3 passageiros e o bagageiro vazio. Conversei com o motorista e ele aceitou embarcar a bicicleta. O agente da companhia, me disse para fazer rápido o embarque, pois aquele ônibus não tinha autorização para embarcar ali, apenas para desembarcar. Minha passagem saiu com origem de uma cidade de Goiás e ainda saiu mais barato do que as duas que tinha comprado antes. 

Neste momento do embarque, meu celular estava descarregado e não tinha nenhuma tomada na rodoviária, apenas nas salas vips das companhias, na lanchonete (que não deixava usar) e no guarda-volumes, que cobrava R$2,00 para carregar o celular, o que me recusei a pagar. No ônibus, tinha tomada USB, mas não funcionava. Numa parada no meio do caminho, desci apenas para carregar um pouco. Menos de 5min carregando e acabou a luz do lugar. Ai, ai... Ainda fiquei lá, enquanto o motorista jantava, esperando ver se voltava a luz para carregar mais um pouco. Não voltou. Cheguei às 23h40 em Primavera do Leste e comecei a ir atrás de hotel. Passei por 5, próximos à rodoviária, que estavam todos lotados, até que encontrei um com vaga, onde pude carregar o celular e dormir.

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