Não tenho certeza da espécie, mas acredito que seja uma fêmea de Choca-barrada (Thamnophilus Doliatus)
Benedito-de-testa-vermelha (Melanerpes Cruentatus) fêmea
Pato-do-mato (Cairina Moschata) macho
Casal de Araras-canindé (Ara Ararauna) em seu ninho
Chupim (Molothrus Bonariensis) macho
João-de-barro (Furnarius rufus)
Bem-te-vi-rajado (Myiodynastes Maculatus)
Chegada ao rio, próximo à ponte
A "cachoeira"
Urubu-de-cabeça-amarela (Cathartes Burrovianus)
Urubu-de-cabeça-amarela (Cathartes Burrovianus)
A volta, depois da subida de volta à estrada, foi super tranquila, por ser totalmente descida. Eu até forcei o pedal para variar um pouco e exercitar as pernas. Ao chegar na cidade, fui até à Cachoeira do Bispo. O pessoal do local havia me dito que estava fechada por causa da pandemia, por ser um casal de idosos que mora lá, mas que eu deveria tentar. Pois bem, tentei. E não consegui. O senhor não permitiu minha entrada, não importava o que eu falasse. O jeito foi voltar para onde estava acampando e fazer nada até a hora de dormir e ir embora. Só não foi um total desperdício pelas fotos e pelo café da manhã.
Sexta, 18. Dia de ir embora. Juntei todas as minhas coisas e aguardei o café da manhã, que só começava a ser servido às 8h. Comi bem, fiz minha marmita e coloquei o destino no GPS, para não me perder, pois sou craque nisso (quem me acompanha sabe). Principalmente porque eu iria pegar uma rota secundária, cortando caminho para Juscimeira. Saí tarde, às 10h15, por causa do horário do café da manhã e também pela quantidade de coisas gostosas que tinha (e também porque ainda tirei algumas fotos antes). Porém, não sofri muito, pois o sol ficou encoberto pela fumaça durante todos os 40km do trecho. E isso não era algo que agradava. Apesar de diminuir a força da luz solar, deixava o ar mais seco e difícil de respirar. Além do caminho perder sua beleza das cores da natureza.
Mutum-de-penacho (Crax Fasciolata) fêmea
Mutum-de-penacho (Crax Fasciolata) fêmea
Chora-chuva-preto (Monasa Nigrifons)
Na metade do caminho, cheguei à uma vila que, de acordo com o GPS e algumas placas, tinha um balneário com área de camping. Cheguei lá ao meio-dia, pensando em "desistir" do meu destino, que era Chapada dos Guimarães, por causa da fumaça. Passou pela minha cabeça inclusive voltar a Rondonópolis e pegar um ônibus para voltar a Rio Verde de Mato Grosso, para esperar as chuvas chegarem para apagar o fogo e esperar a fumaça passar, mas meu amigo Beto me falou que lá também estava com fumaça, além de os balneários estarem fechados pela pandemia, então desisti de desistir. Neste balneário, a mulher que me recebeu me falou que a água lá era termal, tendo apenas uma piscina de água fria. Não gosto de água termal e imaginei que, sendo fim de semana, logo iria lotar de gente e eu não estava a fim de ficar acompanhado de multidão alguma. Criei coragem e parti. Acabei pegando o caminho errado e desviei uns 4km, ida e volta, do caminho que deveria ter pegado. Eu aprendi a traçar a rota e ir seguindo, mas, de vez em quando, acontece uma rota errada.
Aproveitei o caminho errado para comer, o que se provou ter sido uma ótima escolha, pois, dos 20km que restavam no trajeto, 13 ou 14 deles foram subida, sendo que a primeira parte era muito íngreme, onde eu tive de empurrar a bicicleta por não conseguir pedalar, mas não por cansaço e sim pela inclinação mesmo. Depois desta primeira subida, o percurso se tornou "pedalável" e consegui dar ritmo, apesar de toda a cortina de fumaça que atrapalhava e muito. Quando cheguei ao asfalto, já estava perto da cidade. Vi no GPS que a rodovia passava pelo meio da cidade e que tinha uma outra que desviava para a direita. Logo avistei a placa que avisava que o retorno para Juscimeira estava 1000m à frente. Ali começou a minha saga para chegar à cidade. O que acontece é que a rodovia ali era nova e foi desviada para não mais passar por dentro da cidade e, esse desvio, era a tal rodovia que desviava para a direita no GPS, mas, até eu entender isso, eu fui e voltei umas 4 vezes na rodovia e ficava pensando "Mas já passou 1km, cadê esta cidade???". No sentido contrário ao que eu vim, tinha a mesma placa de "retorno a Juscimeira a 1000m" e isso só me confundiu ainda mais. "Como que tem retorno dos dois lados e não tem cidade no meio?????" Até que, FINALMENTE, eu vi a continuação da rodovia original, que me levaria à cidade. 2 ou 3km depois, lá estava a cidade escondida.
Continua no próximo post.
934km pedalados entre cidades.
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