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quinta-feira, 12 de setembro de 2019

Nada para fazer???

Vou começar a história de hoje falando sobre a última. Aqui está o link para a entrevista que dei para a rádio universitária para quem quiser ouvir: https://www.almalondrina.com.br/o-desmantelamento-dos-projetos-sociais-no-pais/

Falando ainda sobre as últimas postagens, gostaria de deixar claro que, nesta etapa da viagem, eu estava apenas de mochila, não estava ainda de bicicleta. Só caso não tenha ficado claro.

Sobre hoje, me mudei de Barra do Garças onde passei duas semanas e estou em Primavera do Leste-MT. Mas ainda tenho muito a contar antes de chegar aqui. Vamos lá!

Cheguei em Campo Grande no dia 08/03/2018 as 5h da manhã. O check-in do Hostel Orla Morena (aliás, recomendo!! A Helena e seus meninos, Filipe e Gabriel, são super gente boa e o astral lá é sempre lá em cima), que eu havia reservado pelo booking, estava marcado para depois do meio dia. Fiquei na rodoviária usando o wi-fi e dando um tempo até que deu fome. Era quase 7h. Fui procurar alguma coisa ali perto para comer e achei uma lanchonete do outro lado da avenida. Os carros paravam para eu atravessar na faixa, achei o máximo!!

Comi uns salgados e perguntei pra ele o que tinha pra fazer na cidade, já que tinha bastante tempo para gastar. Me surpreendi com a resposta: "NADA!". Eu questionei, como nada? Ele insistiu dizendo que não tinha nada, apenas o shopping. Eu pensei comigo: "sou de SP, shopping é algo que eu não preciso ver, mas não é possível que não tenha nada... Um parque, um museu, qualquer coisa...". Resolvi então ir até o hostel ver se eu conseguia ao menos deixar a mochila lá para dar um rolê sem peso. Cheguei lá e permitiram que eu fizesse o check-in naquela hora mesmo. Já aproveitei para dormir um pouco pois no ônibus não se dorme direito. Acordei ao meio dia e saí para caçar um restaurante barato e conhecer a cidade. Haviam me indicado duas coisas para comer: Sobá e pastel de jacaré no mercadão. Fui em direção à feira central, mas descobri da pior forma, dando viagem perdida, que ela só abre de noite. Mas tinha um boteco do outro lado da rua que servia almoço e comi lá.

Nas minhas andanças, cheguei na Morada dos Baís. Hoje é um museu/Sesc. Durante o dia funciona o museu que conta um pouco da história da cidade e da família Baís no começo do século XX, mais especificamente da Lídia Baís, pintora, musicista e revolucionária numa época em que mulher não podia fazer nada, ela foi lá e fez várias coisas, e de noite tem programações culturais, em sua maioria musicais de vários estilos. Conta também a história do pai dela que é irônica, no mínimo. Ele, apaixonado por trens, levou a ferrovia para Campo Grande e fez um desvio para que passasse em frente de sua casa (onde hoje é o museu). Quando já bem velho, sem enxergar,escutar e andar direito, saiu da varanda e, traído pela sua paixão, foi atropelado por um trem e morreu.

Fui também à casa do artesão, que fica na esquina de cima, no camelódromo, do outro lado da rua e no mercadão, que fica atrás do camelódromo, onde comprei um ímã de geladeira de lembrança de Campo Grande (lembrem-se de que meu objetivo seria voltar para SP após 4 meses). Acabei não comendo o pastel porque achei muito caro e terminei meu tour no Parque das Nações Indígenas, uns 4km pra cima de onde eu estava. Parque muito bonito com pista de corrida/caminhada, ciclovia, um lago cheio de capivaras e pássaros, tucanos e araras sobrevoando nossas cabeças, quatis e cotias aparecendo aqui e ali, quadras esportivas... Enfim, posso resumir como sendo o "Ibirapuera de Campo Grande". De lá, saí com o Murilo, que conheci no hangouts do couchsurfing (lembram do app??? Não serve só pra hospedagem, serve para conhecer pessoas também) e fomos tomar umas cervejas com seu amigo Godman (acho que é isso mesmo o nome dele). Ele me levou na feira, finalmente, mas também não comi o Sobá. Não tava a fim de pagar R$25,00 por uma sopa de macarrão. Pelo turismo valeria a pena, mas meu orçamento de mochileiros não permitiu. De lá ele me levou até outro bar que afirmou ter o melhor kibe do mundo. Pedi um e provei. Era maior do que o normal e vinha recheado com mussarela e provolone (provolone é uma delícia, né? Falem a verdade). Bem gostoso o kibe, mas achei meio caro R$7,00. Fomos de lá para um outro bar chamado Drama, que fechou algum tempo depois. Tinha uma promoção de Mojitos, comprava 1 levava 2. Tomei os 2 Mojitos, onde eu aprendi que não gosto de Mojito, e terminamos a noite tomando lanche e com a promessa de irmos a Bonito dali a alguns dias. Mais planos se formando!!!

6 comentários:

  1. Esse seu texto ficou com gostinho de QUERO MAIS!! Pq acabou???????Nãããããooooo... 😱😱😱😱

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  2. Cara, vc tinha que ter comido o pastel de jacaré! (É jacaré mesmo??!)

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    Respostas
    1. É sim. Carne de jacaré no recheio. Mas eu comi carne de jacaré. Contarei mais pra frente onde, como e quando.

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  3. Valeu Lucas.

    Muito legal seu texto.

    Abraços do amigo
    Tairone

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