Quando eu ainda estava em SP, e falei pras pessoas que iria viajar, minha ex namorada foi uma delas a quem contei. Ela me deu dois presentes para a viagem: uma doleira (aquela "bolsa/pochete" de dinheiro que vai por baixo da roupa, que quase não tem utilidade, porque eu nunca tenho dinheiro e, quando tenho, não ando com) e um caderninho para eu fazer anotações, como um diário, mas não exatamente como um diário, pois eu cheguei a ficar dois meses sem escrever. Tudo bem que eu morava em Bonito na época que fiquei sem escrever, não estava viajando, mas fiquei mesmo assim. Para vários posts aqui do blog, eu consultei o caderninho. Para outros, não precisei, contei apenas com minha memória. Hoje vou compartilhar, na íntegra, dois relatos que fiz no tal caderninho. As partes em parênteses serão comentários que farei hoje, pois não fazem parte do relato original. Elas servirão para explicar, completar ou comentar o que eu achar importante. Algumas coisas serão repetidas do último post, mas tudo bem.
14/12/18: Estou na reta final do meu tempo em Campo Grande. Amanhã é o último dia do (no) hostel em que estou como worldpacker. O mesmo que sempre escolhi (Hostel Orla Morena). O pessoal está indo para Floripa e me chamou para ir junto. Fiquei bastante tentado (a ir junto) e busquei formas de ir, mas sempre tinha um detalhe que impedia e sempre sentia que não deveria ir. Decidi não acompanhá-los e seguir (a minha) viagem. (O) Destino escolhido foi Rio Negro. (Eu vou) Partir para lá algum dia da semana que vem, que ainda não decidi. Esta é a primeira vez que escrevo durante o dia (normalmente escrevo a noite para falar sobre tudo o que aconteceu). Fiquei com vontade lendo o livro "Fé latina" e viajando nos pensamentos, perdendo um pouco da leitura, lembrando de algumas coisas e aprendendo algo que precisei escrever: tome cuidado com arrogância para não querer ensinar aos outros como se viver. Compartilhe experiências e sentimentos, mas não como um professor da vida que possui todas as respostas, pois eu não as possuo nem para mim (mesmo. Aliás, esta semana, eu estava recordando deste ensinamento. É muito fácil e rápido surgir o desejo de ensinar aos outros, de me achar superior por não "viver a mesma vidinha". Cada um sabe o que quer e o que gosta. Eu tenho consciência de que a vida que eu escolhi, ou que restou, para mim, não será todo mundo que vai escolher. E tudo bem! Porém, para aqueles que têm vontade e não vão por medo de alguma coisa, eu digo: se programem, façam viagens curtas, em lugares próximos ou distantes e se acostumem com a estrada. Então, vão! Mas, nas palavras de Bilbo Baggins: "a estrada é um negócio perigoso. Se você não cuidar dos pés, você nunca saberá para onde ela te levará". Porém, esta é uma das belezas de viajar.)
16/12/18: Começo a sentir uma pequena ansiedade por e para ir embora. Quero logo pegar a bike e sair por aí sem muito rumo e sem certeza de nada. Terminei o livro "Fé latina" do Beto Ambrósio e amanhã vou devolver para a ... (por algum motivo, que eu não sei exatamente explicar qual, eu não falo nomes nos meus posts, com algumas raras exceções. A devolução seria feita para a guia no Pantanal, que eu já falei sobre, em posts anteriores, mas acabou não sendo feita, pois ela não quis me encontrar. Deixei o livro no hostel e ela foi buscar algum outro dia). Espero que amanhã também seja o dia que a bike fique pronta para (eu) ir embora dia 18 (mas não ficou. Ficou pronta apenas dia 18 e eu fui embora dia 19. O serviço que eu pedi para fazer, foi prender um shape de skate ao bagageiro para colocar a minha mochila deitada, pois, em pé, ela não iria ficar e deitada, o bagageiro era muito pequeno, ela ficaria metade para fora e cairia na roda e no chão. Com o shape de skate, eu poderia deitá-la por completo e amarraria com uma corda elástica de 3m). Preciso aprender ainda algumas coisas básicas de conserto de bike, mas vai muito de prática também. Porém, YouTube tá aí para ajudar. Agora vou dormir para estudar amanhã.
A vida que me restou...gostei disso. Tb ando pensando na vida q me restou soh que eu queria ter a sua idade e coragem!
ResponderExcluirPra idade não tem remédio, mas só é tarde demais quando morrer. E a coragem se adquire.
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