(Relato escrito em 14/09/2020) Na quarta, 09, tirei o dia para descansar e ir ao mercado comprar comida para levar no passeio da quinta, 10. O Junior tinha me falado da Carimã, um local com 9 cachoeiras, onde daria para eu acampar e pra cá eu vim. Ele conversou com a dona do local e pediu pra ela não cobrar hospedagem, somente a alimentação. Saí um pouco tarde, para variar um pouco. Novamente, deixei algumas coisas na casa do Junior e fui só com o suficiente para passar alguns dias. Comecei os 56km de pedal às 8h e cheguei às 13h30. Quando era meio dia, vi que ainda faltavam 8km. Sentei numa sombra e almocei a marmita que tinha comprado no dia anterior.
Ao chegar, a Márcia, dona de uma das pousadas do "Complexo turístico Carimã" e com quem o Junior havia conversado, disse pra mim: "Finalmente chegou!!". Felizmente ela atendeu ao pedido do Junior e não cobrou a hospedagem, porque quando eu vi que o camping é R$40,00, eu teria ido embora se precisasse pagar. Mesmo este valor dando acesso a todas as cachoeiras - que são pagas em caso de day-use - e com café-da-manhã, ainda tá acima do normal (pra mim). Principalmente se levar em conta que o quarto também dá tudo isso e tava R$70,00.
Neste primeiro dia, visitei apenas a 1ª cachoeira, que fica próxima à pousada da Márcia e separada da trilha que leva às outras 8. Tinha pouca gente, pois era quinta-feira, mas não estava deserta. Uma queda mais ou menos da minha altura, 1,80m e um poço bem raso de água cristalina. O acesso se dá atravessando o rio e seguindo uma trilha de 15 ou 20m, mas o burro aqui não leu a placa e seguiu por um caminho mais difícil. Quando consegui descer por este caminho, escorreguei numa pedra e minha bolsa, que estava com a câmera, molhou. Felizmente, eu envolvo a câmera em um shorts e molhou só por fora, não chegou a pegar na câmera. Eu também tirei rápido da água. Eu posso ficar na água, ela não! Fiquei por volta de meia hora na água, porque é só esta cachoeira neste trecho, não tem profundidade e eu precisava montar minha barraca. Também estava louco para tirar a bermuda de ciclismo. Ela ajuda no conforto durante o pedal, mas é horrível fora da bike. Principalmente depois, quando se está suado e sujo.
Depois de montar a barraca, fiquei conversando um pouco com a Márcia, antes e depois do jantar, mas logo fui deitar. Lá não tem wi-fi liberado, somente para uso da pousada\restaurante, mas o filho da Márcia, Kauê, me liberou o uso após os hóspedes irem embora, contanto que eu só usasse para whatsapp. Apenas entrei em contato com minha família e deitei.
Sexta, 11. Acordei cedo, pelos pássaros e porque dormi cedo. Tomei o café da manhã e fui para a trilha. A Márcia me falou que a trilha toda, ida e volta, daria umas 3h de duração, sem contar o tempo de parada para banho. Então, levei comida, pois não sabia se daria tempo de chegar para o almoço. Decidi ir direto até à última cachoeira e ir parando para banho e fotos na volta. Em alguns trechos, segue-se por dentro do rio, chamado de Córrego Água Fria (e nem era tanto assim) e em outros, é preciso descer escadas colocadas para auxílio. Porém, no final da trilha, chegando na última cachoeira, tem uma descida um pouco mais complicada, onde existem cordas de apoio, mas a queda é quase garantida. Nada que machuque, apenas um escorregão de bater a bunda no chão.
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