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sexta-feira, 19 de maio de 2023

Complexo turístico Carimã - Pt. 1

(Relato escrito em 14/09/2020) Na quarta, 09, tirei o dia para descansar e ir ao mercado comprar comida para levar no passeio da quinta, 10. O Junior tinha me falado da Carimã, um local com 9 cachoeiras, onde daria para eu acampar e pra cá eu vim. Ele conversou com a dona do local e pediu pra ela não cobrar hospedagem, somente a alimentação. Saí um pouco tarde, para variar um pouco. Novamente, deixei algumas coisas na casa do Junior e fui só com o suficiente para passar alguns dias. Comecei os 56km de pedal às 8h e cheguei às 13h30. Quando era meio dia, vi que ainda faltavam 8km. Sentei numa sombra e almocei a marmita que tinha comprado no dia anterior. 

Enquanto eu almoçava, este jovem Saí-azul (Dacnis Cayana) macho parou ao meu lado

Ao chegar, a Márcia, dona de uma das pousadas do "Complexo turístico Carimã" e com quem o Junior havia conversado, disse pra mim: "Finalmente chegou!!". Felizmente ela atendeu ao pedido do Junior e não cobrou a hospedagem, porque quando eu vi que o camping é R$40,00, eu teria ido embora se precisasse pagar. Mesmo este valor dando acesso a todas as cachoeiras - que são pagas em caso de day-use - e com café-da-manhã, ainda tá acima do normal (pra mim). Principalmente se levar em conta que o quarto também dá tudo isso e tava R$70,00.

Neste primeiro dia, visitei apenas a 1ª cachoeira, que fica próxima à pousada da Márcia e separada da trilha que leva às outras 8. Tinha pouca gente, pois era quinta-feira, mas não estava deserta. Uma queda mais ou menos da minha altura, 1,80m e um poço bem raso de água cristalina. O acesso se dá atravessando o rio e seguindo uma trilha de 15 ou 20m, mas o burro aqui não leu a placa e seguiu por um caminho mais difícil. Quando consegui descer por este caminho, escorreguei numa pedra e minha bolsa, que estava com a câmera, molhou. Felizmente, eu envolvo a câmera em um shorts e molhou só por fora, não chegou a pegar na câmera. Eu também tirei rápido da água. Eu posso ficar na água, ela não! Fiquei por volta de meia hora na água, porque é só esta cachoeira neste trecho, não tem profundidade e eu precisava montar minha barraca. Também estava louco para tirar a bermuda de ciclismo. Ela ajuda no conforto durante o pedal, mas é horrível fora da bike. Principalmente depois, quando se está suado e sujo.

A primeira queda

Logo após a queda

Lugar lindo



Um Bem-te-vi (Pitangus Sulphuratus) se exibindo

Um Sanhaço-cinzento (Thraupis Sayaca) macho

Acima da queda


Pica-pau-do-campo (Colaptes Campestris) macho

Pássaro-preto (Gnorimopsar Chopi)

Gralha-cancã (Cyanocorax Cyanopogon)

Depois de montar a barraca, fiquei conversando um pouco com a Márcia, antes e depois do jantar, mas logo fui deitar. Lá não tem wi-fi liberado, somente para uso da pousada\restaurante, mas o filho da Márcia, Kauê, me liberou o uso após os hóspedes irem embora, contanto que eu só usasse para whatsapp. Apenas entrei em contato com minha família e deitei.

Sexta, 11. Acordei cedo, pelos pássaros e porque dormi cedo. Tomei o café da manhã e fui para a trilha. A Márcia me falou que a trilha toda, ida e volta, daria umas 3h de duração, sem contar o tempo de parada para banho. Então, levei comida, pois não sabia se daria tempo de chegar para o almoço. Decidi ir direto até à última cachoeira e ir parando para banho e fotos na volta. Em alguns trechos, segue-se por dentro do rio, chamado de Córrego Água Fria (e nem era tanto assim) e em outros, é preciso descer escadas colocadas para auxílio. Porém, no final da trilha, chegando na última cachoeira, tem uma descida um pouco mais complicada, onde existem cordas de apoio, mas a queda é quase garantida. Nada que machuque, apenas um escorregão de bater a bunda no chão.


Amanhecer na pousada, onde acampei. Minha barraca e a Frankenstina ao centro


O restaurante ao centro com o prédio dos quartos à esquerda


Um dos quiosques à direita e os banheiros ao centro

Ferreirinho-relógio (Todirostrum Cinereum) macho

Ferreirinho-relógio (Todirostrum Cinereum) macho

Arara-canindé (Ara Ararauna)

Choca-barrada (Thamnophilus Doliatus) macho

Tucanuçu (Ramphastos Toco)

Início da trilha das cachoeiras

Um Beija-flor não identificado

Vista maravilhosa de natureza intocada, ou pouco tocada

Ainda no início da trilha

Local onde é cobrada a entrada aos finais de semana para quem não está hospedado em uma das pousadas existentes lá

Após a portaria, início da descida ao vale do Córrego Água Fria

Cheguei na cachoeira e valeu MUITO a pena. É alta, por volta dos 30m, com água bem clarinha, que deságua no Rio Ponte de Pedra bem ali aos pés dela. Portanto, é possível curtir os dois. A massagem da cachoeira em água rasinha e o rio, mais fundo, para brincar, pular e nadar. Neste dia, porém, não tive coragem de me arriscar no rio. Também é possível ir atrás da queda. Aliás, a trilha segue por trás dela, mas eu desci antes e atravessei pela água. Como era sexta de manhã, tive o local só para mim!! Depois de comer, tomar banho, tirar fotos e apreciar o local, iniciei o trajeto de volta.

Já no final da trilha, o Rio Ponte de Pedra

Rio Ponte de Pedra

Cachoeira da Barra, a última da trilha do Córrego Água Fria. Nas minhas costas, a foz do Córrego, desaguando no Rio Ponte de Pedra

O Rio Ponte de Pedra corre por praticamente um cânion neste trecho

A trilha que segue por trás da cachoeira


Atrás da Cachoeira da Barra


Vista de cima

Continua no próximo post.

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