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segunda-feira, 2 de agosto de 2021

Explorando Primavera do Leste, parte 2

Igual ao post anterior, irei escrever este da minha memória, sem ter nenhum relato escrito em lugar algum. Por isso, não terá data, pois não lembro o dia que aconteceram as coisas que irei relatar.

Depois dos desastres que relatei no post anterior, eu consegui (ou quase) visitar alguns lugares. Vou relatar 3 deles aqui. O primeiro foi o Rio das Mortes, que visitei com um ex-aluno e amigo, Neilon, que me convidou para conhecer o rio, o qual eu já conhecia em outra parte, na que passa na cidade de Nova Xavantina, bem mais à frente em seu leito e que relatei aqui no blog alguns posts atrás (aqui https://pedaladordehistorias.blogspot.com/2020/12/05-mais-barra-do-garcas-e-nova-xavantina.html). Fomos até à ponte sobre o rio, na estrada que vai para a cidade de Paranatinga e apenas contemplamos, pois a correnteza é muito forte. MUITO forte. Até tem um local que dá para descer até à água, onde o rio faz uma curva e não tem tanta correnteza, mas é proibida a entrada. Porém, isso não impediu que um homem entrasse para tentar garantir o almoço do dia. Depois de alguns minutos, fomos para a casa dele (do Neilon, não do pescador clandestino) tomar tereré e conversar o resto da tarde. Neste dia, eu levei (tanto para o rio, como para a casa do Neilon, com a respectiva autorização) um outro cicloviajante que encontrei pedalando pela cidade e fiz amizade. Era o Gustavo, um venezuelano que havia chegado no Brasil há mais ou menos um mês, mas que já rodava pela América do Sul havia 4 anos. Ele se mantinha tocando seu ukulele em bares e restaurantes e fazendo artesanato de manhã e à tarde, quando os bares e restaurantes estão sem clientes.

Parte "de cima" do rio, do lado esquerdo da ponte, sentido Paranatinga

Parte "de baixo" do rio, do lado direito da ponte, sentido Paranatinga

Continuação do rio

"Meliante invasor" tentando pôr comida em sua mesa

Correnteza muito forte

Outro lugar que eu fui com o Neilon, foi a um hotel, também na estrada para Paranatinga, que permite o uso de suas piscinas em um day-use, que custa 20 ou 30 reais por pessoa. Também foi conosco o sobrinho dele, que mora em Campo Verde, uma cidade vizinha. O mais legal de lá, porém, não foi nem as piscinas - até porque eu nem gosto muito de piscina, logo me entedia -, mas sim a vegetação às margens do Rio das Mortes, que passa nos fundos do hotel e possui acesso para contemplação. Vários pássaros indo e vindo, alguns pousando, principalmente Araras-Canindé. 

O rio, que parece tranquilo neste ponto. Não entramos na água no rio, apesar de não haver - que eu me lembre - nenhuma sinalização de que era proibido. Porém, não nos arriscamos


Araras-Canindé (Ara Ararauna)

Havia chovido pouco antes, dá pra perceber que elas ainda estão molhadas

O último lugar não consegui exatamente ir, mas até que valeu a pena ainda. Fui com minha amiga Raissa, caçar uma cachoeira que ela disse que tinha próxima da cidade, meio dentro dos limites urbanos ainda, que ela havia visitado quando era criança. Ela lembrava mais ou menos o caminho e fomos em sua moto, até a casa de uma amiga dela, que morava perto do local da trilha. Deixamos a moto lá e fomos andando. Saímos do asfalto, mas ainda com várias casas ao redor. Paramos em uma chácara que, após algum tempo de conversa, ela descobriu que era de sua antiga professora e se apresentou como "filha de (esqueci o nome da mãe dela)". Cidade pequena e suas referências, eu acho isso sensacional. Tivemos nossa passagem liberada e começamos a descida em busca da cachoeira perdida. A mata estava bem fechada, bem abandonada, como nos informou o marido da professora. Chegamos até uma lagoa, que parecia artificial, e ela ficou tentando puxar em sua memória para onde ir dali e, até mesmo, se a lagoa existia na memória do caminho. Seguimos um pouco mais a frente e voltamos. Tentamos descer por outro caminho, mas não havia trilha visível, o mato havia encoberto qualquer rastro de trilha que poderia ter havido ali, se é que estávamos no local certo... Resolvemos voltar para a lagoa e sentamos um pouco acima, no barranco, para tomar tereré. Valeu pela caminhada e pela vista - não da lagoa, mas do caminho -, mas a cachoeira continuou perdida.

Vista dos morros na cidade de Poxoréu


A lagoa onde paramos. Tinha uma garça quando chegamos, mas ela foi embora antes que eu conseguisse fotografá-la

Continua no próximo post.

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