21/08/2019: Quarta. Acordei e tomei meu café da manhã, fazendo a marmita, como sempre. Único benefício do hotel é o café da manhã variado. Este não era tanto, mas serviu mesmo assim. Então, saí para dar um rolê pela cidade. Fui à prefeitura de novo, para falar com a assistente social. Consegui, enfim, falar, mas só para descobrir que não tem nada na cidade (nada para hospedagem. Nenhum albergue, nenhuma opção para ficar em algum lugar). Saí de lá e achei uma bicicletaria. Fui ver se tinha algum pneu usado para trocar o meu. Não tinha, mas fiquei lá conversando. Mais ouvindo do que falando, mas fiquei. De lá, fui almoçar e voltei para o hotel. De tarde, fui dar outro rolê. Fui até um lago grande, artificial, que fizeram uma praia pro pessoal da cidade. Legal para ir com a família, com criança e deu uma aliviada no calor, mas é entediante. Não tem mais nada para ver/fazer. Voltei para o hotel para jantar e arrumar as coisas para partir.
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terça-feira, 5 de janeiro de 2021
Os "altos" do Mato Grosso
A lagoa, com uma rede de vôlei e postes de luz dentro da água...???
(Alto Taquari é uma cidade bem de interior mesmo, sem muita coisa pra fazer, mas sem aquele charme de cidade pequena. Parece que os moradores não se preocupam, nem gostam do local onde vivem.)
22/08/2019: Quinta. Saí às 8h30 de Alto Taquari, sentido Alto Araguaia, separadas por 66km de distância entre as duas cidades. Cheguei era mais ou menos 14h30 (no horário local, que também segue Brasília), com uma parada de meia hora para comer e descansar, numa lanchonete à beira da estrada às 11h. A única pelo caminho. Foi chegando caminhão atrás de caminhão e a vontade de pedir carona foi grande, mas decidi ir pedalando, no sol mesmo, para aproveitar que os caminhoneiros estão parados. Estrada sem acostamento e em reforma, horrível. Dos 66km, uns 40km estão em reforma e precisava desviar para terra, uns 13km estão com asfalto pior que a terra e uns 13km estão bons. Em um trecho onde estavam colocando asfalto, eu tive a brilhante ideia de seguir pelo meio da estrada, justamente onde estavam colocando asfalto (o que fazia com que aquela área estivesse isolada, tendo o tráfego desviado para as laterais). O resultado foi que minhas pernas, meus braços, minhas roupas e até minha orelha, estão cheios de piche respingado dos pneus. Eu sou um "jênio"!
Caminhão jogando água na rodovia, não me pergunte o porquê. Ele estava bem devagar e eu tentei alcançá-lo para tomar um banho, mas não consegui.
Rodei até umas 16h - no meu horário, que não é o de Brasília -, procurando hospedagem. Não tem albergue, nem alojamento e, na igreja, também não rolou nada. Depois, fiquei sabendo que na casa do padre tem quarto livre, mas ele não falou nada. Fazer o quê? Ele não tem obrigação de me acolher. Achei um hotelzinho por R$30,00/diária. Mas bem hotelzinho mesmo. Aquelas portas de casa antiga, que abre em duas no meio (iguais às dos bares de filmes de faroeste), o chuveiro quase não sai água, mas, quem quer conforto? Eu quero é pagar pouco!!! Na verdade, eu não quero pagar nada, mas não teve jeito. "Nós não vamos pagar nada..." Depois disso, fui atrás de comida. Almoço não tinha mais, então cacei um açaí. Tomei um e fui atrás de tomar banho de rio. Conversei com um frentista que me indicou um parque, pra cima na cidade, onde passa um córrego. No caminho, achei um pessoa jogando basquete numa quadra municipal. Um jogo HORRÍVEL! Mas, na secura, eu joguei. Eu estava de chinelo, mas tinha um outro que jogava descalço, então joguei descalço também. Só uma partida, mas com promessa de voltar amanhã. Daí fui pro parque e mergulhei nas águas do Córrego Boiadeiro. Água geladinha, uma delícia. Minhas pernas agradeceram e muito. Eu tava planejando ir embora amanhã, mas preciso lavar roupa e tô a fim de dar outro rolê, desta vez no Rio Araguaia mesmo. E, também, mais basquete amanhã.
Córrego Boiadeiro. A água era mais clara do que parece na foto e tinha uma boa profundidade para nadar. Parece escura pela qualidade da câmera e porque o sol já tinha se posto
Entrada do parque onde passa o córrego. Tirei na volta, já de noite
(Alto Araguaia é uma cidade que fica na divisa com o estado de Goiás, separados pelo rio que dá nome à cidade, o Araguaia, que é um dos principais rios do país, e também com o Mato Grosso do Sul, mas apenas no sul de seu território municipal, que é extenso. Na área urbana, apenas com Goiás e bem afastado do vizinho ao sul. O legal desta cidade, é que ela foi construída ao redor do rio, e, do lado de Goiás, tem outra cidade chamada Santa Rita do Araguaia, que é praticamente uma extensão de Alto Araguaia, é maior e mais desenvolvida do que a vizinha goiana, que pode ser visitada apenas cruzando a ponte sobre o Rio Araguaia. Aliás, o hotelzinho que eu fiquei hospedado era no estado goiano.)
(Este trecho que vou relatar a seguir, eu não escrevi em lugar algum. Vou relatar apenas da memória e das fotos que eu tenho. 23/08/2019, Sexta. Algumas pessoas me indicaram tomar banho no Rio Araguaia em um ponto específico, onde tem uma espécie de parque. Aquela parte que passa no centro da cidade é estreita, em barranco e com correnteza muito forte, então não é aconselhável nadar lá. Fui, então, até o ponto que me indicaram. Achei com uma certa facilidade, não foi difícil não. Neste ponto, o rio é mais largo e tem uma pequena queda, quase um degrau, mas a correnteza também é forte e tem muitas pedras, o que faz com que seja um pouco perigoso também, mas é bem gostoso, pois está mais afastado da cidade e da rodovia - que liga Goiânia-Cuiabá e cruza a cidade-, então não passam muitos carros. Depois de passar algum tempo tomando banho ali, voltei para almoçar e, à tarde, fui jogar basquete. Mas, desta vez, de tênis. Lavei minhas roupas no hotel e deixei tudo pronto para ir embora no dia seguinte.)
Primeiro contato com o Rio Araguaia
Pequena queda, que é apenas um degrau
Não é uma cachoeira "de verdade", mas é muita água. E bem perigoso, pelo o que me disseram, cheio de buracos e "rebojo", conhecido também como redemoinho
504km pedalados entre cidades.
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