Uma leve introdução antes dos relatos.
Uma pergunta que muitas pessoas me fazem, é, se tenho patrocínio, e/ou, como faço pra ganhar dinheiro. Pois bem. Não tenho patrocínio, mas se você quiser me apoiar, ou souber de alguém que quer/pode, estou aberto para receber. Ocasionalmente, dou uma pausa nas viagens para trabalhar em algum lugar, guardar dinheiro e seguir viajando. Não tenho aptidões artesanais para ser um hippie que faz pulseiras/colares ou qualquer coisa parecida. Também não tenho aptidões circenses para fazer malabarismo de rua. E também não tenho saco pra ficar catando latinhas. Então, preciso trabalhar, formalmente, em um emprego. São dois os motivos que me levam a procurar emprego: o primeiro é a cidade ser turística, o que me possibilita conhecer o máximo de atrativos possíveis e da melhor maneira. O segundo, e mais importante, é estar acabando minha reserva financeira. Neste caso, não posso escolher muito onde parar. Coxim foi uma cidade onde parei, pelo segundo motivo. Portanto, começo, hoje, a contar como foi minha saga, que durou 6 meses, nessa cidade. Lembrando que, as partes entre parênteses, são comentários de hoje sobre o que escrevi na época.
17/02/2019: Domingo. Acordei 8h30, sem saber se o celular tinha atualizado a hora, pelo fim do horário de verão. Tomei de café da manhã, torradas que comprei no mercado, com manteiga e orégano, assisti seriado - se não fossem os downloads, eu já teria surtado de tédio - e li mais um pouco do livro, antes de começar a arrumar as coisas para sair em busca de outro lugar para ficar. Arrumei a caixa no bagageiro para ficar mais firme e saí para procurar restaurante para almoçar. O restaurante onde eu tinha comprado a marmita na sexta feira, estava fechado, bem como todos os que passei, próximos a ele. Só fui encontrar um, quase na saída da cidade. Marmita a R$15,00, era lá mesmo. De novo, comi uma parte e deixei o resto para outra refeição.
Mais um episódio de seriado e fui usar um pouco a internet, achando que o clássico Corinthians x São Paulo seria às 15h, horário local, mas era só às 18h. Voltei, então, para a casa, para terminar de arrumar minhas coisas e partir. Quando saí, fui à casa da Naiely, para devolver o travesseiro que ela havia me emprestado. Só que ela falou para eu dormir lá e aceitei o convite. Ainda assisti ao clássico - que jogo horrível - e um filme, comendo pizza. Não lembro o nome, mas era um filme britânico, de época, sobre um investigador da Scotland Yard. Interessante, porém previsível.
18/02/2019: Segunda. Acordei ao mesmo tempo que a Nai, que ia trabalhar, para enfim, fazer os exames médicos. Ela deixou a chave comigo para eu poder almoçar lá. Fiz todos os exames de sangue. Só não fiz os de fezes e urina, pois eu deveria comprar os copos em farmácia e os de sódio e potássio que só são feitos em laboratórios particulares. Então, voltei à casa dela para tomar café, pois estava em jejum.
Saí novamente em busca de um lugar para imprimir meu currículo e ir em busca de um emprego. Dei, praticamente, a volta na cidade, procurando (não que isso fosse algo extremamente difícil, pelo seu tamanho, mas foi quase isso mesmo). No caminho, passei por uma escola de cabeleireiros e perguntei o valor do corte. Me falaram que era R$15,00, mas que, hoje, era grátis, pois haveria aula, porém apenas na parte da tarde (voltei à tarde lá para tosar o pelo). Segui em busca de impressora. Cheguei à uma papelaria, que me indicou um lugar. Imprimi alguns e ganhei de brinde um wi-fi para enviar o arquivo pelo whatsapp.
Fui direto à única escola de inglês da cidade (por onde eu já havia passado algumas vezes e sabia onde era). Deixei um CV lá, apesar de ter ouvido que não havia vagas. Porém, a Gisele, coordenadora da escola, me indicou vários lugares onde eu poderia encontrar algo. Passei na secretaria da educação e deixei lá também. Fui, dali, para os locais indicados pela Gisele. Passei pela maior escola estadual da cidade, onde fica, também, o núcleo que gerencia as vagas da região. Depois, fui à uma escola particular. Fiquei aguardando no portão, sem aparecer ninguém, até que chegou uma mulher ali e me disse que a entrada era em outro portão, pela outra rua. Cheguei no outro portão e a mesma mulher me recepcionou. Era a Karen, a diretora. Ficamos conversando por algum tempo. Ela me disse que só voltou para a escola, pois tinha esquecido o celular. Na conversa, chamou seu marido, que também trabalha na escola, porque viu, no meu CV, que eu trabalhei com futebol. Eles me falaram que estão com o quadro completo, mas que pretendem (re)ativar os treinos de futsal, até expandindo para fora dos muros da escola. Uma boa oportunidade, se der certo.
Voltei à casa da Nai, almocei o resto da marmita de ontem e descansei um pouco. À tarde, fui ao postinho, ver sobre dentista, mas a dentista já havia ido embora. Fui também atrás do padre Arley (aquele que me hospedou em Rio Negro, que havia sido transferido para Coxim) e consegui encontrá-lo. Ele deixou que eu ficasse alguns dias ali, até que o seminarista chegasse. Assim, voltei para a casa da Nai arrumar minhas coisas para me mudar. Esperei ela chegar e saímos para comer, antes de eu vir para a casa do padre.
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