Meu tempo de Bonito-MS aqui no blog está acabando. Eu tenho apenas mais um atrativo para relatar, mas vai ficar para o próximo post. Hoje eu vou apenas contar casos e causos que aconteceram comigo por "aqueles lados".
Muita gente passou por Bonito no tempo que lá estive. Muitas também passaram pela agência e "por mim". Conto aqui algumas histórias inusitadas, engraçadas, interessantes e por aí vai...
Ca(u)so 1:
Recebi o contato de uma mulher de Campo Grande interessada em ir a Bonito e comecei a conversar com ela a fim de a conhecer e saber que tipos de passeios poderia indicar para montar o melhor roteiro. Ela me falou que gostaria de comemorar o aniversário de 15 anos da filha. Perguntei então qual seria a data que ela iria, ao que ela respondeu "Não sei ainda. Julho ou Agosto". Eu quase perguntei pra ela se ela não sabia qual a data do aniversário da filha... Conversa vai, conversa vem, (durando vários dias, inclusive), toda vez que eu fazia alguma pergunta, a resposta era sempre a mesma: "Não sei!" Se eu perguntasse quantas pessoas iriam, ela não sabia dizer; perguntei se iria de carro ou se pegaria transporte, não havia decidido; quais passeios ou tipos de passeios gostaria de fazer, não tinha ideia; a data então, a mesma coisa... Até que chegou um dia em que ela enfim me deu uma resposta; numa conversa que tivemos, ela me falou que tinha apenas um pedido: que não estivesse frio nem chovendo. Sem saber o que responder (quer dizer, sem poder responder o que eu queria, que era mais ou menos "então você me avisa quando decidir a data que eu ligo pra São Pedro pra deixar o sol reservado pra você nestes dias"), eu simplesmente disse ok e não falei mais nada.
Ca(u)so 2:
O número de estrangeiros é muito alto, principalmente nos meses de julho e agosto, período de férias na Europa. Estava eu, em um belo dia, atendendo a um grupo de franceses (dois homens e uma mulher), porém em inglês (meu francês serve apenas para fingir que falo alguma coisa para quem não fala nada). A reserva estava no nome da mulher. Pedi então que me falasse o nome para que eu encontrasse a reserva no sistema. Como estávamos conversando em inglês, meu ouvido estava acostumado a ouvir o inglês; porém, ao falar o nome, ela falou com sotaque francês e não consegui compreender. Pedi então que repetisse, principalmente o sobrenome. Ela, então, começou a soletrar o sobrenome, em inglês. H-O-R-N-Y, e disse logo em seguida uma frase que me fez soltar um grito que chamou a atenção de todos e deixou a mim e a ela bastante envergonhados: "it's just like 'horny' in English" (é igual 'horny' em inglês). Pra quem não fala inglês, "horny" é uma palavra usada para definir alguém que está "com tesão sexual". Após este momento de vergonha própria, segui com os procedimentos sem olhar para a moça.
Ca(u)so 3:
Em algum dia do mês de junho, atendi a um pai que viajava com seu filho de uns 10-12 anos de idade. O moleque era a típica criança curiosa, hiperativa e com déficit de atenção. Olhava para tudo, falava sobre coisas aleatórias, não parava quieto na cadeira, e o pai, muito paciente, dizia coisas do tipo "filho, senta aqui. Papai tá terminando". Conversávamos sobre quais passeios iriam fazer, onde iriam se hospedar (tinha chegado na cidade sem nada reservado)... Comecei então a montar o pacote dele. Ele, vendo que o filho não parava quieto, começou a ficar inquieto e queria terminar logo. Eu falava um passeio, e ele "legal, põe aí". Falava outro, ele "pode ser, adiciona". Eu nem falava sobre preços, e ele não perguntava. No final, na hora de fazer o pagamento, o total do pacote ficou em mais de 5000 reais, ele nem perguntou nada, nem falou nada e eu nem tive chance de dizer quanto ficou, ele simplesmente tirou um cartão de crédito preto da carteira e me entregou. Eu olhei para aquilo inacreditável, pensando comigo mesmo: "então as histórias são verdadeiras. O cartão preto existe de verdade... Existe gente rica o bastante para isso!!!" Eu me recolhi à minha insignificância e passei o cartão na máquina sem maiores questionamentos ou comentários.
kkkk o causo 3, você poderia ter me dito a cidade dele e eu o procuraria como psicopedagoga para tratar o filho dele. kkkkkk
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